Dentro do joelho existe um líquido que funciona como uma espécie de lubrificante. Ele é produzido por uma membrana que recobre o joelho, chamada de membrana sinovial. A maioria das vezes em que o joelho fica “inchado” decorrente do aumento da produção deste líquido, resultando em lesões sinoviais.
Algumas doenças podem provocar aumento da produção desse líquido, como artrite reumatoide (“reumatismo”), lesões do menisco, artrose (“desgaste do joelho”), sinovite vilonodular, lipoma arborescente e condromatose sinovial. Das doenças citadas, três podem requerer a remoção cirúrgica de parte da membrana sinovial que está doente:
- Sinovite vilonodular;
- Lipoma arborescente;
- Condromatose sinovial.
Nessas três doenças, a dor pode ser incapacitante, prejudicando a realização dos movimentos de dobrar e esticar o joelho. Ainda não há nenhum tratamento medicamentoso capaz de controlar tais doenças. Em contrapartida, a cirurgia é o tratamento que pode oferecer os melhores resultados.
Cirurgia para tratar lesões sinoviais
A remoção cirúrgica da membrana sinovial doente é realizada por meio de procedimento minimamente invasivo denominado artroscopia. Nessa cirurgia, utilizamos uma câmera de 4 a 6mm de diâmetro, que é introduzida no joelho do paciente para visualizar as lesões da membrana sinovial. Após localizarmos a parte doente da membrana sinovial, introduzimos pinças e instrumentos de 1 a 6mm de espessura que auxiliam na remoção do tecido doente.
Em alguns casos, como na condromatose sinovial, o tecido doente é grande (maior que 1cm) e resistente, impedindo sua fragmentação e remoção pelos equipamentos. Nessas circunstâncias, ampliamos a incisão (corte na pele) o suficiente para permitir a retirada do tecido doente.
Geralmente, a recuperação pós-operatória não exige grandes restrições quanto aos movimentos que podem ser realizados. Apesar disso, o retorno às atividades diárias é progressivo e cadenciado.