Todo ato cirúrgico tem sua consequência para o paciente, e trabalhamos para que sejam sempre boas no pós-operatório. Entretanto, existe uma taxa de complicações inerentes a qualquer procedimento.
Medicamentos, ervas, injeções, tudo isso está sujeito a complicações, inclusive graves. A cirurgia não é diferente, independentemente se for uma “simples” retirada de menisco ou uma reconstrução multi-ligamentar do joelho.
Por isso, eu nunca uso o termo simples para me referir a uma cirurgia por menor que seja sua complexidade.
Entenda quais são as principais complicações pós-operatórias no joelho
Trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar são complicações relacionadas a cirurgias de grande porte como artroplastia de joelho. As complicações mais leves ocorrem com frequência relativamente maior, em torno de 1.5-2%; enquanto que as complicações graves são bastante raras, menor que 0.5%.
Para minimizar o risco da complicação, faço prevenção por medidas farmacológicas (com medicamento que coíbe formação de trombos) e mecânicas (exercícios, aparelhos ou meia de compressão). Infecção pode ocorrer de forma aguda (dentro de 30 dias após cirurgia) ou crônica (após 30 dias, podendo ocorrer muitos anos depois).
A frequência desse tipo de complicação varia de 2%-10% conforme porte cirúrgico, patologia e riscos próprios do paciente. Cirurgias de maior porte cirúrgico e pacientes que foram submetidos a mais de 1 cirurgia possuem maior risco de infecção. Outros fatores de risco inerentes ao paciente incluem: imunodeprimidos, desnutridos, diabéticos, vítimas de fratura exposta, portadores de doenças reumatológicas, entre outros.
Para prevenir complicações pós-operatórias no joelho, diversas medidas são tomadas, como antibiótico pré e pós-operatório; assepsia e antissepsia do membro operado; utilização de roupas, instrumentais e implantes estéreis, etc.
A “perda” da cirurgia é um termo genérico porque depende de qual cirurgia foi realizada. Por exemplo, se foi realizada uma cirurgia para tratar fratura, a perda pode ser a falha do osso cicatrizar, a soltura ou quebra dos implantes, etc; no caso de uma cirurgia para reconstruir algum ligamento do joelho, a perda pode ser a ruptura do novo ligamento; e, no caso de uma artroplastia, a perda pode ser o desgaste da prótese, a soltura da prótese, entre outros.