Lesões Musculares

LESOES-MUSCULARES

As lesões musculares são uma das causas mais comuns de afastamento em atletas e pessoas ativas, sendo responsáveis por grande parte das limitações físicas temporárias tanto em esportes de alto rendimento quanto em atividades recreativas. O impacto dessas lesões vai além da dor imediata, podendo comprometer o desempenho, a rotina de treinos e até a qualidade de vida do paciente.
Nos últimos anos, a medicina esportiva tem evoluído significativamente, incorporando técnicas biológicas avançadas como o PRP (Plasma Rico em Plaquetas). Essa terapia regenerativa tem demonstrado resultados expressivos na cicatrização e regeneração muscular, proporcionando uma recuperação mais rápida e eficaz.

O que são lesões musculares?

As lesões musculares ocorrem quando há ruptura parcial ou total das fibras que compõem o tecido muscular, geralmente provocada por sobrecarga, impacto direto, fadiga extrema ou movimentos bruscos. Elas variam em gravidade, podendo ir de simples estiramentos até rupturas completas do músculo, exigindo tratamentos de complexidade diferente.

Classificação das lesões musculares

  • Grau I (leve): envolve pequenas fissuras nas fibras musculares, causando dor localizada e rigidez leve, mas sem perda significativa de força.

  • Grau II (moderado): há ruptura parcial de fibras, com dor mais intensa, hematoma e limitação de movimento.

  • Grau III (grave): ruptura completa do músculo, resultando em perda total de função e, em muitos casos, necessidade de cirurgia.

Causas mais comuns

A origem das lesões musculares pode estar ligada a diversos fatores. A sobrecarga mecânica é uma das principais causas, comum em treinos intensos sem preparo físico adequado. A fadiga muscular também é determinante: quando o músculo está cansado, ele perde a capacidade de suportar tensões, tornando-se vulnerável.
Além disso, alongamento inadequado, desequilíbrio entre grupos musculares, e impactos diretos aumentam o risco de lesões. Aspectos externos como superfícies irregulares, calçados inadequados e falhas técnicas durante a prática esportiva também contribuem significativamente.

Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas variam conforme o grau da lesão, mas os principais incluem dor aguda e súbita, sensação de “rasgo” no músculo, inchaço, hematomas e dificuldade de movimentação. Em casos mais graves, o paciente pode sentir um “afundamento” no local da lesão, indicando ruptura completa.
É importante interromper imediatamente a atividade física ao primeiro sinal de dor intensa, para evitar agravamento do quadro.

Quais são os fatores de risco para sofrer lesão muscular

Homens e atletas com idade mais avançada estão mais sujeitos às lesões musculares. Acidentes e traumas (pancadas) durante a prática esportiva também são causas de lesões musculares. Além disso tudo, há fatores de risco modificáveis, tais como (alguns exemplos):

  • Aquecimento inadequado;
  • Déficit e desbalanço de força muscular;
  • Flexibilidade ruim;
  • Carga excessivamente elevada sem o preparo adequado;
  • Descanso inadequado por volume excessivo de treino (ex.: overreaching e overtraining);
  • Movimento (gesto esportivo) inadequado.

Músculos que mais sofrem lesões

Mais de 90% das lesões ocorre nos membros inferiores, sendo aproximadamente a metade na musculatura da coxa. As modalidades cujos atletas mais sofrem lesões musculares são as que envolvem movimentos dos membros inferiores, como futebol, artes marciais que usam chutes (karate, kung fu, taekwondo, capoeira), danças, atletismo (corridas, saltos), etc.

Basquete e handball são esportes que usam mais as mãos, mas envolvem movimentos rápidos de giros e saltos; por isso, também expõem o atleta a lesões nos membros inferiores.

  • Coxa: Cabeça longa do bíceps femoral; Semimembranoso; Adutores: principalmente, o adutor longo; Quadríceps;
  • Panturrilha: geralmente, ocorre na cabeça medial do gastrocnêmio;
  • Membros superiores e tronco: as lesões são bem menos frequentes. Nesses locais, os músculos que os atletas mais lesam são o peitoral maior e abdome, principalmente durante práticas que requerem levantamento de peso (musculação, bobybuilding, powerlifting, etc.);
  • Músculos como o bíceps braquial e os que compõem o manguito rotador geralmente são lesados após algum trauma, como agarrões (ex.: judô, jiu-jitsu) e quedas.

Opções de tratamento para lesões musculares

As lesões musculares não são, normalmente, tratadas com cirurgia. O tratamento é fundamentalmente não cirúrgico. Durante o processo de cicatrização do músculo, o corpo pode formar tecido muscular e fibrose. A fibrose é ótima para “remendar” os órgãos do corpo, mas é inútil do ponto de vista funcional.

O ideal é que o músculo cicatrize com 100% de células musculares, que são úteis do ponto de vista funcional. Com base nisso, é muito importante tratar adequadamente as lesões musculares para que o músculo cicatrize com a menor formação de fibrose possível. Outro objetivo do tratamento é reabilitar o atleta rapidamente e evitar novas lesões no mesmo músculo já machucado previamente.

Pensando nesses objetivos, há duas opções de tratamento que melhoram o estímulo para as células musculares se multiplicarem, diminuindo, por conseguinte, a formação de fibrose:

  • Ondas de choque;
  • Plasma rico em plaquetas.Além disso, empregamos as medidas clássicas de tratamento de lesões musculares:
    • Medicamentos analgésicos;
    • Fisioterapia;
    • Modificações do treino;
    • Repouso relativo;
    • Adequação nutricional.
    É importante ressaltar que o tratamento das lesões musculares é multidisciplinar, envolvendo o ortopedista, fisioterapeuta, educador físico, nutricionista, etc.

O que é o PRP e por que ele se destaca

O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é uma terapia biológica que utiliza o próprio sangue do paciente para acelerar a regeneração de tecidos. O sangue é coletado e centrifugado, separando-se o plasma rico em plaquetas — componente responsável pela liberação de fatores de crescimento, proteínas e citocinas que estimulam a regeneração celular.
Quando aplicado diretamente na região lesionada, o PRP atua como um “catalisador biológico”, acelerando a cicatrização, promovendo a formação de novas fibras musculares e reduzindo a inflamação de forma natural.

Como o PRP age no músculo lesionado

O PRP contém fatores bioativos como PDGF, TGF-β, VEGF, EGF e IGF, que estimulam:

  • A multiplicação de células satélites musculares (as responsáveis pela regeneração tecidual).

  • A formação de novos vasos sanguíneos, melhorando o aporte de oxigênio e nutrientes.

  • A produção de colágeno e matriz extracelular, essenciais para a força e elasticidade muscular.
    Dessa forma, o PRP não apenas acelera o processo de cura, mas também melhora a qualidade da regeneração, evitando cicatrizes fibrosas e reduzindo o risco de recidivas.

Evidências científicas e eficácia comprovada

Estudos recentes demonstram que o uso do PRP pode reduzir o tempo de recuperação em até 30% em comparação aos tratamentos convencionais. Pesquisas publicadas em revistas médicas como o American Journal of Sports Medicine e o British Journal of Sports Medicine apontam resultados consistentes: pacientes tratados com PRP apresentam retorno mais rápido às atividades físicas, menor dor residual e melhor função muscular.
Além disso, o PRP tem se mostrado seguro, sem riscos de rejeição ou efeitos adversos significativos, já que o material é autólogo — produzido a partir do próprio sangue do paciente.

Vantagens clínicas do PRP

  • Redução do tempo total de recuperação.

  • Diminuição da inflamação e da dor local.

  • Melhora na qualidade do tecido cicatricial.

  • Estímulo à regeneração celular natural.

  • Baixíssimo risco de complicações.

  • Procedimento minimamente invasivo, sem necessidade de internação.

Indicações do PRP

O PRP é especialmente indicado em:

  • Lesões musculares de grau II e III;

  • Estiramentos recorrentes;

  • Casos em que há má cicatrização ou recuperação lenta;

  • Atletas que precisam retornar rapidamente ao esporte;

  • Pacientes que desejam reduzir o uso de medicamentos anti-inflamatórios.

Como é feito o procedimento

O processo é simples e seguro. Primeiro, coleta-se uma pequena amostra de sangue do paciente. Em seguida, o sangue é centrifugado para concentrar as plaquetas. Esse plasma concentrado é então aplicado no local lesionado, geralmente com auxílio de ultrassonografia para garantir precisão.
O procedimento leva cerca de 30 minutos, e o paciente pode retornar às atividades leves no mesmo dia, seguindo orientações médicas. São recomendadas de uma a três sessões, conforme a gravidade da lesão e a resposta individual.

Cuidados após a aplicação

Após a aplicação, recomenda-se repouso relativo por 48 horas e evitar exercícios intensos durante alguns dias. A fisioterapia é retomada de forma gradual, com foco em mobilidade, força e equilíbrio muscular. É comum um leve desconforto local, que tende a desaparecer rapidamente.

Resultados observados

Os resultados começam a surgir entre uma e duas semanas após a aplicação. A dor diminui, o movimento melhora e a regeneração é visível nos exames de imagem. Em média, o retorno total às atividades ocorre entre quatro e oito semanas, dependendo do tipo de lesão e do protocolo adotado.

Prevenção de novas lesões

Mesmo com o avanço das terapias regenerativas, a prevenção continua sendo a melhor estratégia.
Aquecimento adequado, alongamentos regulares, hidratação constante, fortalecimento muscular equilibrado e respeito aos períodos de descanso são fundamentais.
A manutenção da técnica correta nos treinos e o acompanhamento de profissionais qualificados reduzem significativamente o risco de novas lesões.

Conclusão

As lesões musculares representam um desafio tanto para atletas quanto para pessoas comuns, exigindo atenção médica e reabilitação adequada.
O PRP surge como uma alternativa moderna, eficaz e segura, oferecendo um processo de recuperação mais rápido e biologicamente natural. Ao estimular a regeneração celular e reduzir a inflamação, o PRP não apenas trata a lesão, mas melhora a qualidade da cicatrização, permitindo um retorno mais seguro e duradouro às atividades físicas.
Quando aliado à fisioterapia e à prevenção, esse tratamento representa um marco na medicina esportiva contemporânea.

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FAQs

1. O PRP dói ao ser aplicado?
O desconforto é mínimo e pode ser reduzido com anestesia local. Normalmente, o incômodo desaparece em poucos dias.

2. Quantas sessões de PRP são necessárias?
Depende do caso, mas a maioria dos pacientes obtém bons resultados entre uma e três aplicações.

3. O PRP substitui a fisioterapia?
Não. Ele complementa o processo de recuperação, potencializando os resultados da fisioterapia.

4. Existem contraindicações para o PRP?
Pacientes com distúrbios de coagulação, infecções locais ou doenças hematológicas devem evitar o procedimento.

5. O PRP é realmente seguro?
Sim. Por utilizar o sangue do próprio paciente, o risco de rejeição, alergia ou infecção é extremamente baixo.

Procedimentos Cirúrgicos e não Cirúrgicos

O Dr. Carlos Vinícius é médico especialista em ortopedia, sendo referência no tratamento de diferentes tipos de lesões de joelho. Se procura por um atendimento humanizado e um profissional altamente capacitado, agende sua consulta. Veja abaixo quais são as principais lesões operadas e tratadas pelo Dr. Carlos Vinícius.