O joelho está sempre envolvido em alguma atividade de impacto por menor que possa parecer. Uma “simples” caminhada, por exemplo, exige que cada um dos seus joelhos suporte cerca de 2 a 3 vezes o peso do corpo a cada passo que você dá, todos os dias, por décadas! Como fator agravante, o formato dos ossos do joelho (tíbia e fêmur) não é perfeitamente congruente; ou seja, eles não se encaixam perfeitamente.
Isso cria locais dentro do joelho onde o impacto é maior, favorecendo sua destruição nessas regiões. Para evitar a destruição do joelho, os meniscos dissipam o impacto. Cada joelho possui 2 meniscos para amortecer os impactos que essa articulação sofre.
Devido à sua função, dois problemas principais podem acometer os meniscos:
- Degeneração: é o desgaste inerente ao uso e ao envelhecimento. Algumas pessoas podem desenvolver o problema mais precocemente por uma série de motivos, como genética, deformidades no joelho, sobrepeso, etc. Geralmente, o tratamento da degeneração do menisco envolve medidas não cirúrgicas, tais como viscossuplementação, nutracêuticos, atividade física supervisionada e fisioterapia.
- Rotura: Pode, ou não, ser decorrente de trauma. Já atendi pacientes que sofreram rotura do menisco por diversas formas. Citarei algumas, que podem inclusive ser o seu caso: depois de realizar uma trilha, caminhar na praia, etc; entorse no futebol, basquete, handball, etc; após sofrer um escorregão ou tropeço; após levantar da posição de cócoras; associado à lesão do ligamento cruzado anterior.
A rotura pode ser de diversas formas e tamanhos. Essas características, somadas a outros fatores (ex.: presença de deformidades, lesão de cartilagem), definirão o tipo de tratamento, que, ao contrário da degeneração meniscal, tende a ser cirúrgico, além de receber as medidas não cirúrgicas já mencionadas.
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ToggleComo tratar lesões nos meniscos
A operação clássica para o menisco consiste na meniscectomia, procedimento minimamente invasivo realizado por artroscopia. Para a artroscopia, fazemos pequenos cortes de aproximadamente 1cm e introduzimos uma câmera para visualizar a lesão do menisco. Após a visualização, utilizamos pinças de 2-6mm de espessura para remover a parte doente do menisco.
Atualmente, dispomos de outras tecnologias que, em determinadas situações, substituem a meniscectomia. Como comentei anteriormente, o menisco é importante para a saúde do joelho; por isso, sempre nos esforçamos para manter o máximo possível do comprimento total do menisco. Uma técnica desenvolvida para atingir esse objetivo é a sutura do menisco, realizada também de forma minimamente invasiva por artroscopia, mas que pode requerer cortes um pouco maiores conforme a técnica utilizada.
Existem ainda situações em que o menisco está muito comprometido e não é possível “salvá-lo”. Nesses casos, pode ser aventada a possibilidade de realizar o transplante de menisco, que é um procedimento de alta complexidade. As 3 opções de cirurgia têm suas particularidades e visam recuperar a função do joelho bem como proteger a saúde dessa articulação. Por isso, o tratamento deve ser manejado por ortopedista especializado em cirurgia do joelho.
Principais sintomas
Os sinais mais comuns de uma lesão meniscal incluem:
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Dor ao dobrar ou estender o joelho
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Sensação de travamento ou bloqueio durante os movimentos
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Estalos perceptíveis ou audíveis dentro da articulação
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Inchaço no joelho (também chamado de derrame articular)
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Rigidez, com sensação de que o joelho está “preso”
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Dificuldade para movimentar totalmente a articulação, como se ela estivesse emperrada
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Fraqueza ou instabilidade ao caminhar ou realizar atividades físicas
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Ausência de sintomas: algumas lesões são assintomáticas e descobertas apenas por exames de imagem, como a ressonância magnética
O que pode causar a lesão no menisco?
As lesões meniscais podem surgir por diversos motivos, principalmente ligados a impactos, movimentos incorretos ou sobrecarga repetitiva. Entre as causas mais comuns estão:
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Trauma direto: pancadas ou movimentos bruscos com o joelho flexionado podem provocar lesões
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Prática esportiva: esportes como futebol, basquete, esqui e tênis, que exigem giros rápidos ou mudanças de direção, aumentam o risco
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Movimentos repetitivos: atividades que exigem agachamentos frequentes ou levantamento inadequado de peso podem gerar sobrecarga e microlesões ao longo do tempo
Como é feito o diagnóstico?
A avaliação de uma lesão meniscal envolve:
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Análise clínica: o médico escuta o relato do paciente sobre dores, limitações de movimento e episódios de travamento
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Exame físico: são realizados testes específicos para verificar a estabilidade do joelho, sensibilidade e mobilidade
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Exames de imagem: a ressonância magnética é o método mais eficaz para visualizar lesões no menisco. Radiografias podem ser utilizadas para descartar fraturas ou outras alterações ósseas associadas.
Como prevenir lesão no menisco?
Algumas medidas podem ajudar a evitar lesões no menisco, especialmente para quem pratica esportes ou realiza atividades físicas com frequência:
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Fortalecimento muscular: manter os músculos das pernas (especialmente quadríceps e posteriores da coxa) fortalecidos reduz a sobrecarga no joelho
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Treinos de equilíbrio e propriocepção: esses exercícios melhoram a consciência corporal e a estabilidade, diminuindo o risco de quedas ou torções
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Técnica correta nos movimentos: usar posturas e gestos técnicos adequados durante atividades físicas pode evitar esforços desnecessários sobre o joelho
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Equipamentos de proteção: em esportes de maior impacto ou risco, o uso de joelheiras, tênis adequados e outros acessórios pode fazer diferença na prevenção de lesões
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