Necrose é o termo técnico que se refere à morte de várias células de um órgão. Então, quando falamos osteonecrose no joelho, nos referimos à morte das células dos ossos. O fêmur é o osso que mais sofre com osteonecrose.
O fêmur é o osso da coxa e ele faz parte de duas articulações: o joelho e o quadril. A cabeça do fêmur é a parte que compõe a articulação do quadril, enquanto os côndilos do fêmur são a parte que compõe a articulação do joelho.
O quadril é mais suscetível à osteonecrose do que o joelho. Independentemente se ocorrer no quadril, joelho ou em qualquer outro lugar do corpo, a osteonecrose é uma doença de difícil tratamento e pode causar o desgaste precoce da articulação, ou seja, a artrose. Assim, pessoas muito jovens podem sofrer com artrose, apresentando dor, deformidade, dificuldade para se locomover e de realizar movimentos com o joelho.
Outros locais onde pode ocorrer a osteonecrose:
- Ombro: na cabeça do úmero;
- Punho: no semilunar ou no escafoide;
- Tornozelo: no tálus.
Opções de tratamento para a osteonecrose no joelho
A osteonecrose é uma doença progressiva: primeiro, ela provoca a morte das células do osso; depois, o osso desaba (assim como ocorre com um prédio quando destruímos suas colunas estruturais); e, por fim, desenvolve-se a artrose.
Diferente do quadril, no joelho a osteonecrose inexoravelmente provoca artrose. Não existe ainda tratamento reconhecidamente eficaz para interromper o desgaste da articulação, mas empregamos tratamentos semelhantes aos utilizados no quadril na tentativa de frear a destruição provocada pela doença.
A única opção não cirúrgica são as ondas de choque, que podem ser empregadas tanto nas fases iniciais da doença, quanto após o paciente já ter desenvolvido artrose. Nas fases iniciais, o objetivo é estimular a cicatrização do osso, aumentar a quantidade de células ósseas e melhorar a vascularização (circulação de sangue).
Após o desenvolvimento de artrose, o objetivo é tratar a artrose, não revertê-la. Ainda assim, o tratamento com ondas de choque pode ser benéfico, pois diminui o edema (inchaço), melhora eventuais tendinites que acompanham a artrose, alivia a dor e melhora a qualidade de vida do paciente, que geralmente é muito jovem para ser submetido à artroplastia do joelho (i.e., cirurgia para colocar prótese).
As opções de tratamento cirúrgico são a descompressão e artroplastia do joelho. A cirurgia de descompressão consiste em realizar perfurações no osso doente na tentativa de diminuir a pressão dentro do osso e, por conseguinte, melhorar a circulação sanguínea local. A artroplastia, por sua vez, consiste em substituir a articulação doente por uma prótese de material metálico (geralmente, liga de cromo-cobalto).