Há dois caminhos para o tratamento das patologias ortopédicas, o cirúrgico e o não cirúrgico (também chamado de tratamento clínico ou conservador). A maioria das doenças podem, inclusive, ser tratadas das duas formas.
Podemos, por exemplo, iniciar com o tratamento não cirúrgico; e depois, caso não haja resultados satisfatórios, converter para cirurgia; ou podemos iniciar direto pela cirurgia e associar a alguns elementos do tratamento não cirúrgico.
A decisão por determinado tipo de tratamento depende de critérios estabelecidos pela literatura médica frente à situação e necessidades do paciente. Tudo isso será avaliado pelo especialista durante consulta médica. Nesse artigo, comentarei sobre as principais opções para tratamentos ortopédicos não cirúrgicos.
Tratamento com infiltração articular
Os medicamentos administrados por boca atuam indiscriminadamente pelo corpo todo pois não possuem a capacidade de se dirigirem exclusivamente ao alvo desejado. Quando realizamos uma infiltração, isso se torna uma realidade, pois conseguimos introduzir o medicamento direto no local doente com menor possibilidade de efeitos colaterais sobre o restante do corpo.
Para realizar a infiltração, utilizamos medicamentos anti-inflamatórios, corticoides, anti-homotóxicos, neurolíticos, etc. O medicamento é injetado dentro de uma articulação, bainha de tendão, bursa, cisto ou nervo. Algumas infiltrações são tão especializadas que recebem nomes específicos como a viscossuplementação e a alcoolização.
A infiltração é mais uma ferramenta muito útil no tratamento de doenças crônicas, e faz parte do arsenal do especialista em joelho. A critério do especialista e conforme a situação, pode ser realizada guiada por referências anatômicas, radiológicas ou ultrassonográficas.