As crianças caem muito. Inclusive, atendo muitas crianças no meu consultório que são trazidas pelos pais para avaliar a “causa de tantas quedas”. Em alguns casos, há alguma doença subjacente; mas felizmente, na maioria, não. Independente da causa de tantas quedas, é importante encontrar um ortopedista de joelho para crianças que seja referência nos tratamentos de lesões infantis. Aqui comentarei sobre a consequência disso: as fraturas.
Os ossos das crianças são mais elásticos do que os dos adultos. Por isso, a chance de uma criança sofrer uma fratura é menor. Outra grande diferença com relação aos adultos é que os ossos das crianças e adolescentes ainda estão em crescimento.
O lado ruim da história é que se a criança sofrer alguma fratura, existe o perigo de afetar a capacidade daquele osso crescer normalmente, principalmente se ocorrer nas articulações (joelho, cotovelo, tornozelo, punho, etc.). Uma vez afetada a capacidade de crescimento, o osso pode crescer torto (i.e., deformado), ou crescer menos (em alguns casos, pode crescer mais) do que o outro lado e causar discrepância no tamanho dos membros.
Tratamento feitos pelo ortopedista de joelho para crianças
As opções de tratamento de fraturas em crianças são praticamente as mesmas dos adultos (ex.: imobilizações, parafusos, placas, hastes, pinos, fixadores externos, etc.). O que diferencia é a indicação de cada tipo de tratamento. Enquanto, por exemplo, numa criança uma fratura dentro da articulação do joelho é tratada com imobilização, pinos ou parafusos; no adulto, fraturas dentro da articulação do joelho normalmente são tratadas com placas.
Além disso, como comentei anteriormente, quanto menor a criança, maior o potencial de cura. Em razão disso, o tratamento varia conforme o tamanho da criança, i.e., se estou tratando um recém-nascido, bebê, pré-escolar, escolar, pré-adolescente ou adolescente.
Por exemplo, fraturas do fêmur em crianças de 1 ano (bebê) costumam ser tratadas com um gesso, ao passo que geralmente são tratadas com hastes flexíveis em crianças de 8 anos (escolar), podendo até ser tratadas com hastes rígidas em crianças (adolescentes) de 16 anos.
Outra particularidade do tratamento de fraturas na faixa etária pediátrica é que geralmente utilizamos implantes (materiais utilizados na cirurgia para ajudar o osso a cicatrizar) menos robustos (i.e., mais parafusos ou pinos ao invés de placas) para não atrapalhar no crescimento e para serem removidos com maior facilidade. Como as crianças crescem, preferimos utilizar, sempre que factível, implantes facilmente removíveis.