A prótese de joelho é uma das cirurgias ortopédicas mais realizadas no mundo, especialmente indicada para pacientes que sofrem com artrose avançada, dores crônicas e limitação de movimento. Com o avanço da medicina e da tecnologia, esse procedimento evoluiu de forma impressionante, oferecendo soluções cada vez mais precisas, personalizadas e seguras.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é uma prótese de joelho, quais são os tipos existentes (total, parcial, unicompartimental, patelofemoral, de revisão, com robô e sob medida) e como cada uma delas pode devolver qualidade de vida ao paciente.
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ToggleO que é uma prótese de joelho
A prótese de joelho é um implante artificial que substitui, parcial ou totalmente, as superfícies desgastadas da articulação do joelho.
O objetivo é restaurar a função, aliviar a dor e permitir que o paciente volte a se movimentar normalmente.
Essas próteses são geralmente feitas de metais, cerâmicas e polímeros altamente resistentes, projetados para imitar a anatomia e o movimento natural do joelho humano.
Quando a prótese de joelho é indicada
A indicação cirúrgica ocorre principalmente em casos em que o tratamento conservador não é mais eficaz.
Entre as principais causas estão:
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Artrose (osteoartrite) – o desgaste natural da cartilagem;
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Artrite reumatoide – doença inflamatória autoimune que destrói a articulação;
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Fraturas articulares que comprometem o alinhamento e a mobilidade;
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Deformidades ósseas e dor incapacitante que afetam a rotina.
Anatomia básica do joelho
O joelho é composto por três compartimentos principais:
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Medial (interno) – entre o fêmur e a tíbia;
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Lateral (externo) – também entre fêmur e tíbia;
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Patelofemoral – entre a patela (rótula) e o fêmur.
A escolha do tipo de prótese depende justamente de quais desses compartimentos estão afetados.
Prótese total de joelho (artroplastia total)
A prótese total substitui todas as superfícies articulares do joelho — fêmur, tíbia e, em alguns casos, a patela.
É indicada quando há artrose generalizada, afetando mais de um compartimento.
Essa é a modalidade mais comum e costuma proporcionar resultados duradouros, com melhora significativa da dor e da função.
Vantagens:
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Alívio completo da dor;
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Correção de deformidades;
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Alta taxa de sucesso (>90% em 15 anos).
Desvantagens:
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Tempo de recuperação mais longo;
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Maior desgaste em pacientes muito jovens e ativos.
Prótese parcial de joelho
A prótese parcial, também conhecida como unicompartimental, é indicada quando apenas uma parte do joelho está comprometida.
Por exemplo, um paciente pode ter desgaste apenas no lado interno (medial), mantendo intactos os outros compartimentos.
Principais benefícios:
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Menor incisão e trauma cirúrgico;
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Recuperação mais rápida;
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Preservação de ligamentos e da estrutura natural do joelho;
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Sensação mais “natural” ao caminhar.
Ideal para: pacientes com artrose localizada e boa estabilidade ligamentar.
Prótese unicompartimental
Embora muitas vezes seja usada como sinônimo de prótese parcial, a unicompartimental merece destaque.
Ela substitui apenas o compartimento interno ou externo, mantendo o restante do joelho intacto.
É uma excelente opção para pessoas ativas e mais jovens, que desejam manter uma amplitude de movimento mais próxima da natural.
Prótese patelofemoral
Esse tipo de prótese é voltado exclusivamente para o desgaste entre a patela e o fêmur.
É indicada quando o problema está concentrado nessa região, comum em pessoas com dor anterior no joelho e dificuldade para subir escadas ou levantar-se.
Vantagens:
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Cirurgia menos invasiva;
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Preservação da maior parte do joelho;
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Possibilidade de futura conversão para uma prótese total, se necessário.
Prótese de revisão
A prótese de revisão é utilizada em casos em que uma prótese anterior falhou.
Isso pode ocorrer por desgaste, soltura dos componentes, infecção ou instabilidade.
Essas cirurgias são mais complexas, exigindo planejamento detalhado e, muitas vezes, o uso de próteses com hastes e módulos adicionais para reforço da estrutura óssea.
Desafios da prótese de revisão:
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Maior tempo cirúrgico;
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Perda óssea significativa;
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Recuperação mais longa.
Prótese com auxílio de robô (cirurgia robótica)
A tecnologia robótica trouxe uma revolução na artroplastia de joelho.
Com o auxílio de sistemas de navegação e braços robóticos, o cirurgião consegue realizar cortes milimétricos, com altíssima precisão e alinhamento perfeito.
Principais vantagens:
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Menor erro humano;
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Cirurgia mais previsível;
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Recuperação funcional mais rápida;
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Menor risco de complicações e revisões futuras.
Mas atenção: o robô não substitui o cirurgião — ele é uma ferramenta que aumenta a precisão e segurança do procedimento.
Prótese sob medida (customizada)
A prótese personalizada é confeccionada com base em exames de imagem 3D do paciente.
Cada componente é moldado de acordo com a anatomia exata do joelho, resultando em encaixe perfeito e maior conforto.
Vantagens da prótese sob medida:
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Menor perda óssea;
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Ajuste anatômico superior;
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Sensação mais natural no movimento;
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Redução da dor pós-operatória.
Essa modalidade representa o futuro das artroplastias, unindo tecnologia, biomecânica e personalização.
Como é feita a cirurgia
O procedimento é realizado sob anestesia (geral ou raquidiana) e dura, em média, 1 a 2 horas.
O cirurgião remove as partes danificadas do osso e cartilagem, prepara as superfícies e fixa os componentes da prótese com cimento ósseo ou por encaixe press-fit.
Após a cirurgia, o paciente inicia fisioterapia precoce, geralmente no mesmo dia, para evitar rigidez e trombose.
Recuperação e reabilitação
A reabilitação é essencial para o sucesso da cirurgia.
Os principais cuidados incluem:
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Fisioterapia intensiva e progressiva;
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Controle da dor e do inchaço;
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Evitar quedas e impactos;
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Retomar atividades de baixo impacto, como caminhada e bicicleta.
Em geral, o paciente retorna às atividades cotidianas em 6 a 12 semanas, com melhora contínua ao longo dos meses seguintes.
Riscos e complicações
Embora seja um procedimento seguro, a prótese de joelho pode apresentar complicações, como:
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Infecção;
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Rigidez articular;
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Soltura dos componentes;
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Trombose venosa profunda.
O acompanhamento médico e o controle rigoroso no pós-operatório reduzem significativamente esses riscos.
Avanços e perspectivas futuras
A ortopedia caminha para uma era de personalização e tecnologia.
O uso de inteligência artificial, robótica, modelagem 3D e materiais biocompatíveis tem tornado as próteses mais duráveis e confortáveis, com expectativa de duração superior a 25 anos.
A tendência é que, no futuro, a cirurgia seja cada vez menos invasiva e a reabilitação mais curta e eficaz.
Conclusão
A prótese de joelho é uma solução moderna e eficaz para quem sofre com dores incapacitantes causadas pela artrose ou outras doenças articulares.
Com tantas opções — total, parcial, unicompartimental, patelofemoral, de revisão, com robô ou sob medida —, o tratamento pode ser ajustado conforme o perfil e a necessidade de cada paciente.
Com os avanços tecnológicos e o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, a expectativa é que cada vez mais pessoas possam voltar a caminhar sem dor e com liberdade de movimento.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Quanto tempo dura uma prótese de joelho?
Em média, entre 15 e 25 anos, dependendo do tipo de prótese, da técnica cirúrgica e dos cuidados pós-operatórios.
2. Posso praticar esportes após colocar uma prótese?
Sim, mas preferencialmente atividades de baixo impacto, como natação, ciclismo e caminhada.
3. Qual é o tempo de recuperação total?
O paciente geralmente recupera a função básica em até 3 meses, mas a melhora completa pode levar até 1 ano.
4. A cirurgia de prótese de joelho é dolorosa?
Durante o procedimento, o paciente não sente dor. O desconforto pós-operatório é controlado com medicação e fisioterapia.
5. Qual o tipo de prótese ideal para mim?
Isso depende da idade, do grau de desgaste, da anatomia e do estilo de vida. Apenas uma avaliação com o ortopedista pode definir a melhor opção.




