Cada joelho tem dois meniscos, o menisco lateral e o menisco medial. Ambos são importantes para a saúde do joelho porque auxiliam a absorver impactos, dar mais firmeza ao joelho, lubrificar o joelho, entre outras funções.
A ausência de um dos meniscos pode aumentar até 300% o estresse sobre o joelho. Como resultado dessa ausência, a cartilagem do joelho desgasta mais rápido e você desenvolve uma doença chamada de artrose, que causa dor, diminui a mobilidade e diminui sua capacidade de realizar coisas básicas como andar.
Sabendo disso, hoje, nós ortopedistas tentamos de todas as maneiras salvar o seu menisco lesionado. Uma das técnicas utilizadas para isso é a sutura (i.e., o reparo) do menisco. Nesse procedimento, costuramos o menisco doente na expectativa que ele cicatrize e você possa voltar a usar seu joelho sem dor.
Entretanto, existem três situações que “não tem mais o que ser feito” por aquele menisco doente. A primeira delas é que a lesão do menisco é tão grave que não é possível suturar. A segunda é aquela em que já realizaram a sutura do seu menisco, mas o resultado não foi satisfatório. E a última é aquela em que foi realizado o procedimento de meniscectomia, ou seja, foi retirado parte (ou todo) do seu menisco. Essa situação é extremamente comum nas pessoas que foram operadas há mais de 15 anos, porque, antigamente, não se fazia a sutura, e o único tratamento era a remoção do menisco doente.
Para essas situações, uma das alternativas é fazer o transplante do menisco. Antes desse advento, o paciente ficava sofrendo com dor por muitos anos. Com o transplante de menisco, esses pacientes têm chance superior a 70% de melhorar a dor e a função do joelho doente. Se você tiver lesão do menisco, consulte-se com o ortopedista especialista para saber o melhor tratamento a ser empregado e se o transplante está indicado para o seu caso. Cuide-se e previna-se!