Condropatia patelar é uma doença que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Mas, o que é exatamente essa condição? Quais são os seus sintomas, suas causas e como é possível tratá-la? É isso que você vai descobrir ao longo deste artigo.
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ToggleO que significa este termo médico?
A condropatia patelar pode parecer um termo médico complexo à primeira vista, mas sua compreensão é fundamental. Imagine a patela como uma roldana facilitando a mobilidade do seu joelho. A cartilagem da patela é como um amortecedor, suavizando o impacto e garantindo movimentos suaves. Quando essa cartilagem é danificada, pode resultar em uma série de sintomas desconfortáveis, os quais compõem o quadro de condropatia patelar.
Sintomas da Condropatia Patelar
Um dos sintomas mais comuns é a dor no joelho, principalmente ao se agachar, subir escadas ou após ficar muito tempo sentado. Outros sintomas podem incluir inchaço, uma sensação de que o joelho está “cedendo”, e um rangido ou estalo ao mover o joelho.
Os sintomas variam muito e são diferentes para cada pessoa. Geralmente, a dor no joelho serve como o primeiro sinal de alerta e atividades que envolvem a flexão do joelho, como agachar, subir escadas ou sentar por longos períodos, costumam agravá-la. Essa dor, normalmente percebida como desconforto na parte frontal do joelho, atrás da patela, pode se irradiar para a coxa ou canela.
Embora menos comum, o inchaço do joelho também pode ser um sintoma. Ele é geralmente leve e pode não ser notado. Em alguns casos, o joelho pode parecer maior ou mais “cheio” do que o normal.
Muitas pessoas também sentem instabilidade no joelho, como se fosse “ceder”. Isso pode levar a uma sensação de insegurança ao caminhar ou ao realizar atividades que exigem movimento do joelho.
Adicionalmente, alguns pacientes percebem um rangido ou estalo ao mover o joelho, um fenômeno conhecido como crepitação. Este barulho ocorre devido ao atrito entre a patela e o osso do fêmur quando a cartilagem está danificada. Embora esta sensação possa ser desconfortável, raramente vem acompanhada de dor.
Causas da Condropatia Patelar
Essa condição pode ter diversas causas. Ela pode ser causada por lesões, atividades físicas intensas ou repetitivas que colocam muita pressão no joelho e anomalias da anatomia do joelho. Por isso, na presença de condropatia patelar mais grave, é importante investigar a presença de anormalidades anatômicas, como displasia de tróclea, excesso de rotação da perna ou da coxa e patela alta.
Graus de intensidade
Para nortear o tratamento da doença e entender a gravidade da lesão, podemos dividir a condropatia patelar em 4 graus, que são:
I: lesão superficial, com pequena alteração da cartilagem sem alterar sua arquitetura
II: também é uma lesão superficial, mas já indica um defeito da cartilagem que atinge menos de 50% de sua espessura
III: lesão profunda que atinge mais de 50% da espessura da cartilagem, sem atingir o osso da patela
IV: lesão profunda que atinge também o osso da patela.
Tratamento para Condropatia Patelar
Para tratar a Condropatia Patelar, os médicos e fisioterapeutas consideram diversos fatores como a gravidade da condição, o tamanho da lesão e os sintomas específicos de cada paciente.
Fisioterapia desempenha um papel crucial na maioria dos planos de tratamento. Os fisioterapeutas ensinam e orientam os pacientes através de uma variedade de exercícios desenhados para fortalecer os músculos que suportam o joelho. O fortalecimento destes músculos, especialmente os quadríceps, ajuda a aliviar a pressão na patela e a reduzir os sintomas.
Exercícios também são uma parte importante do tratamento. Além dos exercícios de fortalecimento, os pacientes podem se beneficiar de exercícios de baixo impacto, como nadar ou andar de bicicleta, que ajudam a manter a mobilidade do joelho sem colocar muita pressão sobre ele.
Em termos de medicação, os médicos ortopedistas costumam prescrever analgésicos e anti-inflamatórios para ajudar a gerenciar a dor e a reduzir o inchaço. Em alguns casos, os ortopedistas também podem recomendar injeções de ácido hialurônico, plasma rico em plaquetas ou células tronco no joelho para aliviar a dor e a inflamação.
A cirurgia é geralmente considerada em lesões profundas (graus 3 e 4) e maiores que 10mm. As opções cirúrgicas podem incluir a reparação da cartilagem, uso de membranas de colágeno, transplante de cartilagem (mosaicoplastia ou transplante homólogo de doador falecido), o realinhamento da patela, osteotomias para corrigir distúrbios da anatomia ou até mesmo a prótese de joelho.
Se você está sofrendo com qualquer um dos sintomas mencionados acima, é importante procurar atendimento médico com ortopedista especialista em joelho para diagnóstico e tratamento adequados.