Quem já enfrentou dor crônica sabe o quanto ela pode limitar a vida. Atividades simples, como caminhar, subir escadas ou até dormir, se tornam um verdadeiro desafio. É nesse cenário que a denervação ganha espaço como uma alternativa moderna, eficaz e minimamente invasiva.
Mas afinal, o que é denervação? Como ela funciona? Quais são os tipos disponíveis? E principalmente: será que ela é indicada para o seu caso?
Neste artigo, vamos mergulhar fundo nesse tema, trazendo explicações detalhadas, comparações com outros tratamentos, benefícios reais e os cuidados necessários.
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ToggleO que é denervação
De forma simples, a denervação é um procedimento médico que interrompe a transmissão de sinais dolorosos enviados por um nervo ao cérebro.
É como se a gente desligasse a “fiação elétrica” responsável por transmitir a dor em determinada região do corpo.
Esse bloqueio pode ser feito de duas maneiras principais:
- Através da energia da radiofrequência (que queima ou modula o nervo).
- Com substâncias químicas (como fenol ou álcool, que destroem as fibras nervosas).
É importante destacar: a denervação não “cura” a doença de base, mas atua diretamente no controle da dor, permitindo que o paciente tenha uma vida mais ativa e funcional.
Como funciona o mecanismo da dor e a ação da denervação
Para entender a lógica da denervação, precisamos dar um passo atrás e falar sobre como a dor é transmitida:
- O nervo capta estímulos dolorosos (lesão, inflamação, compressão).
- Esse sinal percorre o sistema nervoso periférico.
- O estímulo chega ao cérebro, onde é interpretado como dor.
Na denervação, esse caminho é interrompido. O nervo perde (temporariamente ou definitivamente) sua capacidade de enviar o sinal. Resultado: o paciente sente menos dor ou até nenhuma dor na região tratada.
Tipos de denervação
1- Denervação por radiofrequência
Essa é a modalidade mais conhecida e difundida, especialmente no tratamento da dor crônica. Ela utiliza correntes elétricas de alta frequência que produzem calor controlado no nervo.
1.1 Radiofrequência contínua
Na técnica contínua, o calor (temperatura chega a 80 °C) é mantido em níveis capazes de provocar uma lesão térmica controlada no nervo, bloqueando sua função de transmitir dor.
- Vantagens: resultados relativamente rápidos (em cerca de 2-4 semanas) e eficazes.
- Limitação: atua em uma área bem localizada, sendo ideal quando a dor é originada de um ponto específico.
- Aplicações: comumente utilizada para dor facetária na coluna.
1.2 Radiofrequência refrigerada
Mais moderna, utiliza um sistema de refrigeração na ponta da agulha. Isso permite que a área de ação seja maior, atingindo nervos difíceis de acessar.
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- Vantagens: maior cobertura, menor risco de lesão em tecidos adjacentes.
- Aplicações: muito utilizada em dores articulares, como joelho e quadril.
- Duração do efeito: 1 a 2 anos.
- Vantagens: maior cobertura, menor risco de lesão em tecidos adjacentes.
2- Denervação química
Aqui, em vez de energia elétrica, o médico aplica substâncias que destroem seletivamente as fibras nervosas.
2.1 Fenol
O fenol é um agente neurotóxico utilizado em concentrações específicas para bloquear nervos. Ele destrói a bainha de mielina, estrutura que protege e conduz o impulso nervoso.
- Duração do efeito: geralmente de 6 meses a 1 ano.
- Indicações: dores espásticas, pacientes com sequelas neurológicas, artrose avançada.
2.2 Álcool e outros agentes
O álcool também pode ser utilizado, assim como outras substâncias (glicerol, por exemplo). Ele causa uma lesão química no nervo, interrompendo a condução dolorosa.
- Efeito: varia de alguns meses até mais de um ano.
- Limitação: risco maior de irritação tecidual se não aplicado corretamente.
Diferença entre radiofrequência contínua e refrigerada
Muita gente confunde os dois tipos, mas a diferença é crucial:
- Radiofrequência contínua (simples): atua em um ponto específico, gerando lesão controlada. Mais precisa, porém com área de cobertura limitada.
- Radiofrequência refrigerada: abrange uma área maior, é menos agressiva e pode oferecer resultados mais duradouros em casos de dor complexa.
Em resumo:
- Se o alvo é pequeno → radiofrequência simples.
- Se a dor é mais difusa ou difícil de alcançar → radiofrequência refrigerada.
Indicações da denervação
A denervação não é indicada para qualquer tipo de dor e não pode ser realizada em qualquer local. Por conta disso, ela é indicada para pessoas com artrose do joelho, quadril e coluna, quando outros tratamentos não cirúrgicos não foram eficazes (ex.: fisioterapia, infiltrações, etc.).
Benefícios da denervação
Os principais ganhos do procedimento são:
- Redução significativa da dor.
- Melhora da mobilidade e da função física.
- Qualidade de vida restaurada, permitindo retomar atividades antes limitadas.
- Procedimento minimamente invasivo, com baixo risco.
- Recuperação rápida.
- Possibilidade de adiar ou evitar cirurgias maiores, como próteses articulares.
Como é feito o procedimento
O passo a passo costuma ser este:
- Avaliação prévia com exames clínicos e de imagem.
- Sedação leve e anestesia local para conforto do paciente.
- Uso de agulhas guiadas por imagem (raio-X ou ultrassom) para alcançar o nervo alvo.
- Aplicação da radiofrequência ou da substância química.
- Recuperação em poucas horas, com alta no mesmo dia.
A maioria dos pacientes retorna às atividades cotidianas já no dia seguinte. Pequenos desconfortos no local podem surgir, mas tendem a desaparecer em poucos dias.
Riscos e cuidados
A denervação é considerada segura, mas como qualquer procedimento, apresenta riscos:
- Dor local passageira, mas que pode prolongar-se por cerca de 2 semanas.
- Hematomas.
- Formigamento temporário.
Contraindicações:
- Gestantes.
- Pacientes com infecção ativa.
Comparação com outros tratamentos
- Medicamentos: aliviam sintomas, mas podem causar dependência ou efeitos colaterais.
- Fisioterapia: importante, mas nem sempre suficiente em dores graves.
- Cirurgias: oferecem solução definitiva em alguns casos, mas com os riscos inerentes do procedimento cirúrgico.
- Denervação: fica no meio termo, com bom efeito e baixo risco.
A denervação é uma solução moderna e eficaz para quem sofre com dores persistentes e incapacitantes. Não é um milagre nem substitui todos os tratamentos, mas pode ser a chave para recuperar autonomia e qualidade de vida.
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A denervação é uma inovação no tratamento da dor, trazendo alternativas seguras e eficazes. Seja no controle da dor crônica, na melhora da mobilidade ou no adiamento de cirurgias invasivas, esse procedimento minimamente invasivo representa um avanço revolucionário que pode transformarvidas. Consultar um especialista é essencial para avaliar a indicação correta e garantir resultados duradouros.
O Dr. Carlos Vinícius é ortopedista com foco em medicina regenerativa e realiza uma avaliação completa para entender o grau da lesão, o perfil do paciente e definir o melhor tratamento, cirúrgico ou não, com tecnologias como reabilitação personalizada, terapia biológica e protocolos avançados de recuperação.
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