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Lesões de cartilagem: causas, sintomas e tratamentos modernos

Imagine suas articulações como dobradiças de uma porta. Para que ela abra e feche sem fazer barulho, sem travar e sem desgaste, é necessário um lubrificante. No corpo humano, esse “lubrificante” é a cartilagem: um tecido firme, elástico e extremamente liso que reveste os ossos nas articulações, evitando o atrito direto entre eles.

Quando esse tecido sofre um dano, surgem as chamadas lesões de cartilagem. Apesar de parecer algo pequeno, o impacto é enorme: dor, limitação de movimento e até incapacidade de realizar atividades simples, como subir escadas ou caminhar por longas distâncias.

Hoje vamos mergulhar nesse universo, entendendo desde o que são essas lesões até os tratamentos mais modernos disponíveis, que já incluem técnicas regenerativas e biotecnologia de ponta.

O que são lesões de cartilagem

As lesões de cartilagem são danos ao tecido que recobre as superfícies articulares. Esse revestimento funciona como um “colchão protetor”, permitindo que o movimento aconteça de forma suave.

Quando a cartilagem se rompe, amolece ou desgasta, ela perde a capacidade de amortecer impactos. O resultado? A articulação começa a trabalhar “no seco”, causando dor e desgaste ósseo progressivo.

Diferente de músculos e pele, a cartilagem não tem vasos sanguíneos. Isso significa que sua capacidade de regeneração natural é extremamente limitada, o que explica por que o tratamento é indispensável.

Causas das lesões de cartilagem

1. Traumas:

Uma queda, uma torção durante um jogo de futebol ou até um acidente de carro podem danificar a cartilagem. Nos esportes de alto impacto, como basquete, corrida e artes marciais, a sobrecarga repetitiva também aumenta o risco.

2. Desgaste natural: 

Com o passar dos anos, a cartilagem sofre desgaste progressivo. Esse processo pode ser acelerado por excesso de peso, sedentarismo ou atividades repetitivas. É comum em pessoas acima de 40 anos que começam a sentir dor crônica nos joelhos e quadris.

3. Fatores genéticos: 

Algumas pessoas apresentam predisposição genética para alterações na estrutura da cartilagem, tornando-a mais suscetível a fissuras ou degenerações precoces.

Sintomas de lesões de cartilagem

Os sinais variam conforme o grau do dano, mas alguns são bem característicos:

  • Dor localizada: geralmente piora com movimentos ou esforços.
  • Inchaço: inflamação na articulação afetada.
  • Rigidez: dificuldade em dobrar ou esticar completamente a articulação.
  • Estalos e travamentos: sensação de que algo “prende” ou “raspa” dentro da articulação.
  • Perda de força e mobilidade: limitação para atividades diárias e esportivas.

Diagnóstico: como identificar o problema

O diagnóstico envolve uma combinação de métodos:

  1. Exame clínico: o médico avalia dor, amplitude de movimento e histórico do paciente.
  2. Exames de imagem: a ressonância magnética é o padrão-ouro para visualizar a cartilagem.
  3. Artroscopia diagnóstica: pequena câmera inserida na articulação para visualização direta do dano.

Quanto antes for detectada, maiores as chances de preservar a função articular e evitar progressão para artrose.

Tratamentos não cirúrgicos

Nem toda lesão exige cirurgia. Em casos leves ou iniciais, o tratamento pode ser conservador:

  • Fisioterapia: Fundamental para fortalecer músculos ao redor da articulação e diminuir a sobrecarga. Inclui exercícios de força, mobilidade e técnicas para reduzir a dor.
  • Infiltrações: Aplicações de ácido hialurônico ou corticoides dentro da articulação ajudam a reduzir dor e inflamação.
  • PRP (Plasma Rico em Plaquetas): Terapia biológica que usa o próprio sangue do paciente. O plasma, rico em fatores de crescimento, é injetado para estimular a reparação da cartilagem.
  • Suplementação e condroprotetores: Substâncias como glucosamina e condroitina podem auxiliar na manutenção do tecido em alguns casos, embora os resultados variem.

Tratamentos cirúrgicos

Quando o dano é maior, as opções cirúrgicas são consideradas:

  • Microfraturas: Pequenos furos feitos no osso estimulam a formação de um tecido semelhante à cartilagem. É indicado para lesões pequenas.
  • Condroplastia: Procedimento que “alisa” a superfície da cartilagem danificada, reduzindo atrito e dor.
  • Membrana de colágeno: Implantada na área lesionada, serve como suporte para regeneração do tecido.
  • Implante de condrócitos (ACI): Células de cartilagem do próprio paciente são cultivadas em laboratório e depois reimplantadas na articulação. É um dos métodos mais modernos.
  • Transplante de cartilagem: Áreas lesionadas são substituídas por fragmentos de cartilagem saudável do próprio paciente (autólogo) ou de doadores (alogênico).

Lesão de cartilagem x condromalacia

Muita gente confunde os dois termos.

  • Condromalacia: é o amolecimento da cartilagem, muito comum na patela (joelho).
  • Lesão de cartilagem: é o rompimento, fissura ou perda desse tecido.

Ambos causam dor, mas exigem estratégias diferentes de tratamento.

Prevenção:

  • Manter peso corporal adequado
  • Fortalecer a musculatura de quadríceps, glúteos e core
  • Evitar treinos de impacto sem descanso
  • Usar tênis adequados e manter a postura correta nos exercícios

Reabilitação pós-tratamento

A recuperação envolve etapas bem definidas:

  1. Repouso e controle da dor nos primeiros dias.
  2. Fisioterapia guiada, com exercícios progressivos.
  3. Fortalecimento e propriocepção para prevenir novas lesões.
  4. Retorno gradual às atividades esportivas.

O tempo varia conforme o tratamento, indo de algumas semanas (casos leves) a meses (cirurgias complexas).

O resultado depende do grau da lesão, da idade do paciente e da adesão ao tratamento. Pacientes jovens e ativos geralmente apresentam excelente recuperação, especialmente com terapias regenerativas.

Já em idosos ou em lesões avançadas, o tratamento pode não restaurar totalmente a cartilagem, mas melhora muito a dor e a função.

Impacto na qualidade de vida

Lesões de cartilagem não tratadas podem evoluir para artrose precoce, limitando a mobilidade e a autonomia. Além da dor física, há impacto emocional: frustração por não praticar esportes, medo de movimentos e até sintomas de ansiedade e depressão.

A medicina está em constante evolução. Entre os avanços mais promissores estão:

  • Terapias celulares, como uso de células-tronco mesenquimais.
  • Engenharia tecidual, com impressão 3D de estruturas semelhantes à cartilagem.
  • Biomateriais avançados, que servem de suporte para regeneração.

Essas abordagens ainda estão em estudo, mas já mostram resultados animadores em diversos países.

Mitos e verdades

  • “Cartilagem se regenera sozinha” → Mito. Sua capacidade de regeneração é mínima.
  • “Suplementos resolvem” → Mito. Eles podem ajudar, mas não substituem o tratamento.
  • “Exercícios pioram a lesão” → Parcial. Atividades de impacto podem agravar, mas exercícios de fortalecimento são essenciais.

Agende sua consulta com o Dr. Carlos Vinícius!

As lesões de cartilagem são um desafio na ortopedia, mas os avanços atuais oferecem soluções modernas, seguras e eficazes para o tratamento. Seja no alívio da dor, na recuperação de lesões esportivas ou no controle de condições degenerativas, as terapias disponíveis, que vão desde métodos não cirúrgicos até procedimentos de alta complexidade, representam alternativas menos invasivas e altamente eficientes, capazes de devolver a mobilidade e transformar a vida dos pacientes. A avaliação de um especialista é essencial para identificar a abordagem mais adequada e garantir resultados duradouros.

O Dr. Carlos Vinícius é ortopedista com foco em medicina regenerativa e realiza uma avaliação completa para entender o grau da lesão, o perfil do paciente e definir o melhor tratamento, cirúrgico ou não, com tecnologias como reabilitação personalizada, terapia biológica e protocolos avançados de recuperação.

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