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Remédios para Artrose: opções para alívio da dor e inflamação

A artrose não é apenas “desgaste”, é um processo complexo que envolve inflamação, perda de cartilagem, dos meniscos e outras estruturas do joelho, produzindo dor e perda de função. Não é à toa que tanta gente toma o anti-inflamatório mais forte e, alguns dias depois, a dor volta como se nada tivesse acontecido.

A verdade é simples: nenhum remédio isolado resolve tudo. A artrose exige uma abordagem completa, combinando medicamentos, cuidados contínuos e ajustes de rotina. 

Entendendo como a Artrose afeta suas articulações

Antes de falarmos dos remédios, vale entender o que está acontecendo:

  • Destruição da cartilagem: ela fica fina e perde a capacidade de amortecer o impacto.
  • Destruição dos meniscos: os meniscos deixam de funcionar aos poucos, até perderem a função completamente, aumentando a carga no joelho.
  • Destruição dos ossos: com a perda da proteção do joelho dada pelos meniscos e cartilagem, os ossos são afetados. Com isso, o joelho entorta.
  • Inflamação contínua: a articulação produz substâncias inflamatórias, produzindo a sinovite, que causa dor e mais destruição do joelho.
  • Limitação de movimento: músculos fracos, acúmulo de líquido (derrame articular) e distorção da anatomia normal do joelho provocam diminuição da mobilidade, aumentando o problema.

Com isso, fica claro: não existe um remédio único que resolva tudo, porque o problema também não é único.

Medicamentos orais para Artrose

Aqui serão mencionados diversos medicamentos para fins educativos. Não se automedique, pois isso o expõe a riscos desnecessários de efeitos colaterais além de contribuir para a cronificação da dor, ou seja, torna a melhora da dor algo mais difícil de ser atingido.

Analgésicos

Usados para alívio imediato da dor.

  • Paracetamol: age reduzindo a percepção da dor no sistema nervoso.
  • Dipirona: diminui dor com boa ação analgésica.

São seguros, mas não tratam a inflamação.

Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs)

Os mais conhecidos e usados.

  • Ibuprofeno
  • Naproxeno
  • Diclofenaco
  • Meloxicam
  • Celecoxibe

Como agem: reduzem substâncias inflamatórias chamadas prostaglandinas.

Ponto de atenção: uso prolongado pode causar gastrite, problemas renais e aumento da pressão arterial. São ótimos para crises, não para uso contínuo.

Nutracêuticos: Tratamento de Longo Prazo

São formulações farmacêuticas extraídas de alimentos da dieta e concentradas para que a pessoa se beneficie dos efeitos do princípio ativo. Daí vem o nome nutracêutico.

  • Glicosamina: Componente natural da cartilagem. Ajuda na regeneração articular e diminui inflamação leve.
  • Condroitina: Trabalha junto com a glicosamina. Aumenta a hidratação da cartilagem.
  • Colágeno Tipo II: Também é um componente da cartilagem e sua suplementação oral  pode auxiliar na melhora da dor provocada pela artrose, bem como melhorar a função de pessoas com artrose..
  • Ácido Hialurônico Oral: Outro componente da cartilagem, contribui para a hidratação da mesma e teoricamente quando ingerido pode contribuir com a melhora da dor. Ainda não há estudos de qualidade que comprovem seu benefício.

É importante destacar que o efeito dos nutracêuticos não é imediato, devendo o indivíduo aguardar cerca de  8 a 12 semanas para resultado perceptível.

Fitoterápicos: alternativas naturais com boa evidência

  • Cúrcuma (Curcumina): Potente anti-inflamatório natural. Reduz dor e rigidez.
  • Boswellia Serrata: Inibe mediadores inflamatórios, especialmente nas articulações.
  • Arnica: Alívio da dor e melhora da circulação local.
  • Garra-do-Diabo: Reduz inflamação e dor muscular associada à artrose.

Essas opções podem complementar remédios tradicionais.

Pomadas e cremes para alívio local

Anti-inflamatórios tópicos

  • Diclofenaco gel
  • Como funcionam: reduzem inflamação diretamente na articulação afetada, com menor risco para estômago e rins.
  • Pomadas com Arnica: Melhoram circulação, reduzem dor e ajudam no pós-exercício.
  • Mentol, Cânfora e Salicilatos: Criam sensação refrescante e aliviam a dor por algumas horas.

Ótimos para crises rápidas ou dores leves.

Tratamentos injetáveis: quando a dor está forte

  • Corticoide Intra-articular: Alívio rápido (em horas). Diminui inflamação intensa. Dura de semanas a meses. Não pode ser usado repetidamente porque piora a degeneração da cartilagem.
  • Ácido Hialurônico (Viscossuplementação): Auxilia a diminuir a inflamação e induzir a produção de cartilagem. Evita também que as células de cartilagem (condrócitos) sofram um processo de morte celular, podendo retardar a progressão da artrose Melhora mobilidade e reduz dor por até 6 meses, mas há casos com melhora superior a 6 meses. 
  • Injeções de Glicose (Proloterapia): Diminui a inflamação na articulação, melhorando a dor e mobilidade, e diminuindo o inchaço.
  • Ozonioterapia: Diminui inflamação, melhora oxigenação tecidual e reduz dor progressivamente ao longo das sessões. Beneficia artrose leve a moderada, especialmente quando há sinovite.
  • Hidrogel bioativo:Existem várias formulações diferentes de hidrogel, e o próprio ácido hialurônico é um tipo de hidrogel. Eles atuam como um “scaffold” dentro da articulação, melhoram hidratação e amortecimento, e podem diminuir dor em artrose leve a moderada. São alternativas às formulações já existentes de ácido hialurônico.

Injeções “naturais”: feitas a partir do próprio corpo do paciente

  • PRP (plasma rico em plaquetas): Modula inflamação crônica e estimula reparo tecidual. Melhora progressivamente ao longo de semanas, com efeito durando meses. Obtido a partir da centrifugação do sangue puncionado pela veia no braço
  • PRF (fibrina rica em plaquetas): Libera fatores de crescimento de forma lenta e contínua. Efeito mais reparador e sustentado que o PRP em alguns casos. Obtido a partir de uma modificação da técnica utilizada para obtenção do PRP.
  • Células-tronco mesenquimais: Obtidas principalmente da aspiração da medula óssea ou do tecido adiposo. Têm ação predominantemente imunomoduladora e reguladora da inflamação, podendo melhorar dor e função.

O papel do exercício: o melhor anti-inflamatório natural

Parece estranho, mas é verdade: o exercício é o “remédio” mais importante para artrose.

  • Fortalece músculos que protegem a articulação
  • Contribui para a perda de peso
  • Aumenta a lubrificação natural
  • Diminui substâncias inflamatórias
  • Reduz dor a longo prazo

O movimento certo é terapêutico.

Existe cura? Qual o melhor remédio?

Não existe cura definitiva para a artrose. Mas existe controle total da dor e grande melhora da qualidade de vida para muitos casos de artrose.

A melhor estratégia é sempre:

  • combinação de remédios
  • exercícios regulares
  • controle do peso
  • fortalecimento de quadríceps e glúteos
  • ajustes no dia a dia

Cada pessoa tem um “melhor remédio” dependendo da fase da artrose.

Tratar a artrose é entender que não existe fórmula mágica. Os remédios ajudam, alguns para dor imediata, outros para a saúde da cartilagem, mas o segredo está na combinação correta. Ao unir medicamentos, exercícios e cuidados contínuos, é possível controlar a dor, melhorar a mobilidade e viver com muito mais qualidade.

Agende sua consulta com o Dr. Carlos Vinícius!

As opções de tratamento para a artrose exigem atenção especial, já que a doença envolve desgaste da cartilagem, inflamação e dor que podem limitar a mobilidade. Remédios como analgésicos, anti-inflamatórios, nutracêuticos (glicosamina, condroitina, colágeno, ácido hialurônico), fitoterápicos (cúrcuma, boswellia, arnica), além de pomadas e injetáveis como corticoide, ácido hialurônico e glicose, podem aliviar sintomas e melhorar a função das articulações. Cada opção tem um papel específico no controle da dor e da inflamação. O acompanhamento com um ortopedista é essencial para garantir diagnóstico correto, escolha do melhor tratamento e uma rotina mais confortável e funcional para quem convive com artrose.

O Dr. Carlos Vinícius é ortopedista com foco em medicina regenerativa e realiza uma avaliação completa para entender o grau da lesão, o perfil do paciente e definir o melhor tratamento, cirúrgico ou não, com tecnologias como reabilitação personalizada, terapia biológica e protocolos avançados de recuperação.

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