As ondas de choque vêm ganhando espaço no tratamento de problemas osteomusculares em idosos pelos bons resultados que promovem em comparação com o baixíssimo nível de invasividade.
Por ser um tratamento clínico e que não envolve cirurgias ou medicamentos (exceto anestesia local em alguns casos), as ondas de choque podem ser usadas tanto em conjunto com outros tratamentos quanto em casos em que há alguma restrição para eles.
As ondas de choque e a cicatrização
Com a idade, a capacidade do nosso corpo de regenerar tecidos vai ficando prejudicada, o que pode fazer com que a cicatrização de feridas e fraturas seja mais longa.
Por conta disso, os idosos acabam levando mais tempo para se recuperar de problemas como fraturas e necroses ósseas, assim como de ferimentos em tecidos musculares (como nos tendões) e na pele.
Por terem efeito estimulante da regeneração celular, as ondas de choque podem ser aplicadas localmente para auxiliar na cicatrização dos ferimentos, acelerando a recuperação.
As ondas de choque e as inflamações
Também é comum que idosos sofram com mais frequência de inflamações musculares como tendinites, bursites e epicondilites, assim como de inflamações mais específicas como o famigerado esporão (fascite plantar).
Os tendões ficam especialmente vulneráveis porque vão perdendo sua elasticidade com o tempo. Por isso, pessoas de mais idade são mais suscetíveis a inflamações e rompimentos.
As ondas de choque, por serem um tratamento não invasivo, clínico e, muitas vezes, indolor, são muito recomendadas para auxiliar no processo de desinflamação nos idosos, especialmente quando há resistência ou risco relacionado a outros tratamentos.
Como muitas das dores crônicas (na lombar, no cóccix, na virilha etc.) da idade também estão ligadas a quadros de inflamação, a terapia com ondas de choque também pode ser um recurso para controlar a dor e dar maior qualidade de vida para o idoso.
As ondas de choque e a artrose
A artrose é mais comum em idosos justamente porque a degeneração da cartilagem que amortece o contato entre os ossos se dá ao longo do tempo e do uso nos movimentos.
Com a terapia com ondas de choque, é possível controlar a inflamação da cartilagem e aliviar a dor, diminuindo a carga de medicamentos e inclusive postergando uma possível cirurgia.
O tratamento com ondas de choque é simples e eficaz, mas não é milagroso. Para saber se ele é adequado para o seu caso, consulte um bom ortopedista para que seja feita uma avaliação completa das suas necessidades!
O Dr. Carlos Vinicius Buarque de Gusmão é ortopedista, especialista em Joelho, ondas de choque e Tratamentos Minimamente Invasivos (infiltração, denervação, PRP e Bloqueio dos geniculares) e atende em São Paulo, na Vila Mariana e no Morumbi. Se quiser tirar suas dúvidas, clique aqui
