tratamento por ondas de choque

Como funcionam as ondas de choque para tratar fraturas


O tratamento de ondas de choque não são aquele “choquinho” da fisioterapia, nem choque elétrico. Na verdade, as ondas de choque são ondas de ultrassom com uma potência maior do que o ultrassom usado para fazer exame. Você consegue até sentir a onda.

Um dos benefícios do tratamento por ondas de choque é a capacidade de estimular a proliferação das células do nosso corpo, seja pele, tendão, músculo, osso, etc. Disso, podemos extrair as indicações das ondas de choque para tratar fraturas agudas e aquelas fraturas que sofreram distúrbios da cicatrização.


Tratamento por ondas de choque para acelerar fraturas agudas


As fraturas agudas são aquelas que aconteceram recentemente, dentro de 2 semanas. Cerca de 90% das fraturas cicatrizam bem, sem problemas; mas tem aqueles 10% que não cicatrizam, ou demoram muito além do esperado. Quando não cicatrizam, chamamos de não união, ou não consolidação. E quando demoram além do esperado para cicatrizar, chamamos de retardo de união, ou retardo de consolidação. Existe também um tipo especial de não união que chamamos de pseudoartrose.

O fato é que algumas fraturas têm risco maior de não cicatrizar, como as fraturas expostas, fraturas cominutivas (que têm muitos fragmentos), fraturas em pacientes idosos ou diabéticos, entre outros.

Além disso, tem fraturas, como as do fêmur e da tíbia, que normalmente já demoram muito tempo para cicatrizarem completamente. As da tíbia necessitam, em média, 4 meses; ao passo que as do fêmur, 6 meses. Essa característica aumenta o risco da fratura não cicatrizar ou de sofrer um retardo no processo.

O tratamento de onda de choque ajudam justamente nesses casos:

  • Diminuem, em 50%, a chance da fratura não cicatrizar ou de demorar para cicatrizar;
  • Aceleram, em duas vezes, a velocidade de cicatrização de fraturas do fêmur e da tíbia.

Tratamento por onda de choque para problemas de cicatrização de fraturas


Como comentei acima, cerca de 10% das fraturas sofre retardo na cicatrização ou, simplesmente, não cicatriza.

Nessa situação, precisamos corrigir a causa da não cicatrização, ou do retardo da cicatrização, que pode ser infecção, problemas com o material utilizado na cirurgia (ex.: problemas na placa, parafusos, haste, etc,), distúrbios hormonais e metabólicos do paciente, entre outros.

Em alguns casos, não é possível corrigir esses problemas. Por exemplo, para um paciente idoso, não tem como rejuvenescer o paciente; ou então, um paciente com diabete controlada, não tem como fazer esse paciente deixar de ter diabete.

Para todos esses casos, sendo possível ou não corrigir a causa do distúrbio, o tratamento por ondas de choque auxilia, em mais de 70% dos casos, o corpo a cicatrizar a fratura do osso. Aqui cabe uma ressalva: não podemos fazer somente as ondas de choque e deixar de corrigir a causa do distúrbio da cicatrização. Se isso não for feito, você pode continuar tendo problemas.

Portanto, os tratamentos de ondas de choque também são indicados para:


  • Fraturas que não cicatrizaram, ou seja, com pseudoartrose e não união;
  • Fraturas com retardo de cicatrização, ou seja, que extrapolaram o prazo habitual para cicatrização.

Exemplos de ondas de choque que podem ser feitas mesmo se fizer cirurgia para a fratura


É muito importante deixar claro que fazer tratamento por ondas de choque não impede que você faça também sua cirurgia, e vice-versa. As ondas de choque podem ser feitas em casos que optamos por não operar, mas também servem como um complemento ao tratamento cirúrgico da fratura.

Apesar de não ser invasivo, para fazer as ondas de choque em pacientes com fraturas, é necessário fazer anestesia para que o paciente não sinta desconforto durante o tratamento. Desse modo, quando também é necessário operar, aproveitamos a mesma anestesia para fazer os dois procedimentos: a cirurgia e depois as ondas de choque.

Tem fratura e quer saber se as ondas de choque estão indicadas para acelerar a cicatrização ou tratar um problema de cicatrização? Consulte um ortopedista especialista. Cuide-se! Previna-se!

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