As lesões no joelho são comuns entre os atletas devido ao alto nível de atividade física e a pressão constante sobre essa articulação. Entre as lesões mais frequentes estão a lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), lesões de cartilagem, fraturas por estresse, atrito do trato iliotibial, condromalacia patelar, lesão de menisco, lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP) e tendinites (patelar, pata de ganso, quadríceps). Vamos explorar cada uma dessas condições e suas abordagens de tratamento.
Conteúdo do Post
Toggle1- Fratura por estresse
O que são
As fraturas por estresse são o resultado do acúmulo de pequenas fissuras nos ossos que não cicatrizaram a tempo. Quando realizamos alguma atividade esportiva dentro de nossos limites fisiológicos, o osso sofre pequenas rachaduras, mas o corpo consegue cicatrizar.
Por que ocorrem
Entretanto, se o atleta for exposto a estresses suprafisiológicos, ou seja a estímulos que excedam sua capacidade adaptativa, as rachaduras não são reparadas, acumulam-se e aumentam de tamanho, formando a fratura por estresse. Traumas repetitivos e contínuos sem tempo de descanso adequado, comocorrer longas distâncias, saltar repetidamente, e treinos longos e em dias consecutivos são algumas situações que causam a fratura por estresse.
Quem tem maior risco
Este tipo de lesão é mais comum em corredores de longa distância e praticantes de ginástica artística, mas também pode ocorrer em qualquer pessoa que aumente abruptamente sua atividade física sem a preparação adequada, que não realize a periodização no treino de maneira correta, ou que esteja sofrendo algum distúrbio metabólico que prejudique a regeneração de tecidos (ex.: alterações na dieta, distúrbios do sono, hipotireoidismo, etc).
Fatores como calçados inadequados, superfícies duras, técnicas de treinamento inadequadas, equipamentos com biomecânica ruim, dieta desregrada, excesso de cafeína e falta de acompanhamento com profissionais habilitados para treinamento desportivo também contribuem para o desenvolvimento de fraturas por estresse.
Sintomas
Os principais sintomas incluem dor localizada que surge após ou durante a atividade esportiva e diminui com o repouso. Inicialmente, a dor pode ser leve e apenas perceptível no dia seguinte à atividade física intensa. No entanto, com a progressão da lesão, a dor pode se tornar constante e presente até mesmo durante atividades diárias comuns, e não ceder mesmo em repouso.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de uma avaliação médica detalhada, que inclui a análise do histórico do paciente e exame físico. Exames complementares, como radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, são essenciais para confirmar a presença de uma fratura por estresse e avaliar sua gravidade.
Tratamentos
Para a maioria dos casos, não há necessidade de cirurgia. Para essas situações, o tratamento envolve repouso e revisão do treinamento esportivo, podendo ser necessário interromper momentaneamente as atividades que causam estresse no osso afetado.
Além disso, é necessário realizar fisioterapia para analgesia e correção de distúrbios do movimento e desbalanços musculares que possam estar contribuindo para o surgimento da fratura por estresse.
Adicionalmente, o médico ortopedista pode realizar, no consultório, o tratamento com ondas de choque, que são ondas de alta pressão que estimulam a regeneração do osso, contribuindo para o reparo da fratura por estresse.
Em determinadas fraturas, há a necessidade de imobilização gessada ou com órteses rígidas ou articuladas, além de repouso total com o membro fraturado.
Nas fraturas mais instáveis ou com maior risco de evoluir para situações mais graves, como as fraturas do colo femoral e algumas fraturas da tíbia e ossos do pé, há a necessidade de cirurgia. Felizmente, essa situação é rara e requer o uso de implantes internos como placas, parafusos e hastes metálicas para a estabilização e fixação da fratura. Nesses casos, as ondas de choque também podem ser usadas após a cirurgia pra auxiliar o osso a regenerar.
Saiba mais sobre os tratamentos para fraturas por estresse.
2- Atrito do trato iliotibial
O atrito do trato iliotibial, também conhecido como síndrome do trato iliotibial, é uma doença comum em corredores e ciclistas, causada pelo atrito repetitivo entre o trato iliotibial (uma faixa de tecido fibroso que se estende do quadril ao joelho) e o fêmur (osso da coxa), mais especificamente no epicôndilo lateral do fêmur. Este atrito ocorre principalmente devido a movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho durante a corrida ou o ciclismo. Fatores como fraqueza muscular, falta de flexibilidade e desalinhamentos biomecânicos também contribuem para o desenvolvimento desta condição.
O sintoma é dor na parte externa (lateral) do joelho, que pode irradiar para a parte da frente do joelho e na lateral da perna. A dor geralmente começa como um desconforto leve após a atividade física, mas pode se intensificar progressivamente, tornando-se persistente durante a atividade física e até mesmo em atividades diárias ou em repouso. Não é incomum haver inchaço e sensibilidade ao toque na área afetada.
O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica cuidadosa, incluindo a análise do histórico do paciente e um exame físico. Testes específicos, como a manobra de Ober e a compressão do trato iliotibial, ajudam a confirmar o diagnóstico. A ressonância magnética é o exame de imagem de escolha para diagnóstico e avaliação de outras lesões do joelho.
O tratamento para a maioria dos casos é não cirúrgico e inclui diminuição da intensidade do treino ou afastamento do mesmo, modificação das atividades físicas e fisioterapia. Na reabilitação, realizam-se exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos ao redor do quadril e do joelho. Medicações anti-inflamatórias e a aplicação de gelo podem ser utilizadas para aliviar a dor e a inflamação. Em casos mais persistentes, podem ser realizadas infiltrações (com proloterapia, plasma rico em plaquetas, células tronco) e ondas de choque (tratamento feito pelo médico que utiliza ondas de alta pressão).
A cirurgia é indicada, em raras situações, quando há falha no tratamento conservador e a dor persiste, interferindo nas atividades diárias. A intervenção cirúrgica consiste na liberação ou alongamento do trato iliotibial para reduzir o atrito e aliviar os sintomas.
3- Lesão de cartilagem
As lesões de cartilagem no joelho são problemas comuns que decorrem de traumas agudos, como uma torção do joelho; movimentos executados de maneira incorreta; ou carga de treino excessiva. Excesso de peso, desalinhamentos do joelho e predisposição genética também favorecem a ocorrência de lesões de cartilagem..
Os principais sintomas são dor e inchaço no joelho durante ou após a atividade física. No início, a dor pode surgir apenas após atividades intensas, mas à medida que a lesão progride, pode se manifestar em atividades cotidianas e até mesmo em repouso.
O diagnóstico é realizado através de uma avaliação médica detalhada, que inclui o histórico do paciente e um exame físico minucioso. A confirmação da lesão é feita com exames de imagem, sendo a ressonância magnética o principal método utilizado para visualizar a cartilagem e identificar o grau da lesão.
O tratamento da lesão de cartilagem varia conforme a profundidade e tamanho da lesão, podendo ser cirúrgico ou não cirúrgico. O tratamento sem cirurgia envolvereabilitação física, com foco em fortalecimento muscular e condicionamento adequado para as atividades praticadas e infiltrações no joelho utilizando substâncias como o ácido hialurônico, plasma rico em plaquetas, fibrina rica em plaquetas ou células-tronco. Além disso, é importante ajustar os movimentos esportivos para evitar sobrecarga no joelho.
Já o tratamento com cirurgia consiste na realização de transplantes autólogos (retirados do próprio paciente) ou homólogos (provenientes de doadores falecidos) de cartilagem, uso de membranas de colágeno ou de periósteo, implante de condrócitos (células da cartilagem) e realização de osteotomias.
4- Condromalacia patelar
A condromalacia patelar, também conhecida como síndrome da dor patelofemoral ou “joelho de corredor”, é uma condição que afeta a cartilagem da patela (rótula) e a musculatura em seu redor. Essa condição pode ser causada por desalinhamento do joelho, sobrecarga, atividades de alto impacto, excesso de peso ou desbalanço muscular.
O sintoma que norteia a doença é dor na parte da frente do joelho, que pode ser produzida ou exacerbada por atividades como subir e descer escadas, agachar, correr ou ficar sentado por longos períodos. Também pode haver crepitação, estalos ao mover o joelho, e até mesmo inchaço no joelho (derrame articular).
O diagnóstico é complexo e feito por meio de uma avaliação médica detalhada, que inclui a análise do histórico do paciente, um exame físico cuidadoso e exames de imagem. Os exames de imagem preferencialmente solicitados para investigação são as radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Eles confirmam o diagnóstico, avaliam a extensão de uma possível lesão da cartilagem e permitem a identificação de alterações anatômicas que favoreçam o surgimento da lesão de cartilagem e distúrbios patelofemorais.
O tratamento para a maioria dos casos é sem cirurgia e consiste em modificar as atividades físicas, realizar fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho, fazer liberação miofascial e outras terapias para analgesia muscular. Medicações anti-inflamatórias e analgésicas também podem ser utilizadas para aliviar a dor. Em alguns casos, órteses ou palmilhas podem ajudar a melhorar o alinhamento do membro e reduzir a sobrecarga na patela.
Também podem ser realizadas infiltrações com diversas substâncias como o ácido hialurônico, glicose, plasma rico em plaquetas, fibrina rica em plaquetas e células-tronco mesenquimais.
Outro opção de tratamento que pode ser benéfico para quem sofre com condropatia patelar são as ondas de choque, que são ondas ultrassônicas de alta pressão. As ondas de choque ajudam a melhorar a dor e desinflamar tecidos. Esses tratamentos todos são realizados pelo médico ortopedista.
A cirurgia é indicada quando existe uma lesão da cartilagem grande e profunda na patela. Nessas situações, podemos realizar osteotomias para corrigir anomalias da anatomia da pessoa, fazer um transplante de cartilagem (autólogo ou homólogo), ou colocar uma membrana de colágeno ou de periósteo. Todos esses procedimentos são realizados no Brasil pelo ortopedista especialista em joelho.
5- Lesão de menisco
As lesões de menisco são comuns em atletas, ocorrendo geralmente devido a torções ou rotações súbitas do joelho. Os meniscos são estruturas de fibrocartilagem em formato de “C” que atuam como amortecedores entre o fêmur e a tíbia. Os principais sintomas são dor e sensação de travamento no joelho. A dor pode piorar ao girar o corpo, agachar ou levantar peso. Outros sintomas que podem surgir são a sensação de “deslocamento” do joelho, inchaço e uma certa rigidez (dificuldade pra dobrar ou estender o joelho completamente) que podem dificultar a movimentação normal da articulação.
O diagnóstico é realizado através de uma avaliação médica completa, que inclui o histórico do paciente e um exame físico detalhado. Testes específicos realizados durante o exame físico que o médico realiza, como o teste de McMurray, ajudam a identificar a presença de uma lesão meniscal. A ressonância magnética é um exame de imagem essencial para confirmar o diagnóstico e determinar as características morfológicas da lesão (i.e., tamanho, formato, localização).
O tratamento da lesão de menisco depende de sua localização, formato, tamanho e estado de saúde do tecido. Lesões grandes, instáveis e um tecido de boa qualidade costumam ser tratadas com cirurgia. As demais, sem cirurgia.
O tratamento sem cirurgia envolve repouso, restrição de determinados movimentos e até mesmo de descarga de peso no joelho doente. Além disso, podem ser realizadas injeções dentro do joelho para tentar auxiliar a cicatrização do menisco e melhorar a dor. Alguns exemplos de injeções são as células tronco mesenquimais, ácido hialurônico, plasma rico em plaquetas e fibrina rica em plaquetas.
A cirurgia consiste em reparar, reinserir ou remover (meniscectomia) parte do menisco doente. Sempre que possível, tentamos reparar a lesão para dar a chance do menisco de cicatrizar e evitar a destruição do joelho, que é um processo chamado de artrose. O procedimento cirúrgico é feito por meio da artroscopia, que é uma cirurgia minimamente invasiva e que envolve o uso de pequenas ferramentas introduzidas no joelho e que permitem o reparo, reinserção ou remoção de parte do menisco lesado.
6- Lesão do LCA
As lesões do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) são comuns em esportes que envolvem movimentos de parada súbita, mudanças rápidas de direção ou saltos, como futebol, basquete, handebol e esqui. O LCA é o principal ligamento que estabiliza o joelho nesses tipos de movimento, e sua ruptura pode resultar de um trauma agudo, como uma torção ou uma colisão.
Assim que a pessoa sofre ruptura do LCA, ela sente dor intensa que impossibilita dar continuidade à atividade esportiva, e inchaço que surge dentro de alguns minutos. Muitas vezes, os indivíduos relatam ter ouvido um “estalo” no momento da lesão. Com o passar dos dias, esses sintomas desaparecem e a pessoa começa a sentir falseio no joelho e falta de firmeza pra realizar atividades como girar o corpo, realizar dribles e esquivas. É recomendado inclusive não realizar esse tipo de movimento pra evitar que o joelho machuque mais ainda.
O diagnóstico é feito através de uma avaliação médica detalhada, incluindo o histórico do paciente e um exame físico cuidadoso. Testes direcionados para avaliação da estabilidade do joelho como o teste de Lachman e o teste da gaveta anterior, ajudam a confirmar a lesão do LCA. A ressonância magnética é essencial para visualizar a lesão e identificar possíveis lesões associadas, como danos ao menisco, a outros ligamentos e à cartilagem.
O tratamento pode ser com ou sem cirurgia, dependendo da presença de outras lesões, tipo de esporte praticado, nível de atividade do atleta (i.e., se amador ou profissional) e grau de estabilidade do joelho. O tratamento não cirúrgico pode ser direcionado para tentar cicatrizar o LCA ou sem essa finalidade. Quando direcionado para cicatrizar o LCA, é realizado um protocolo de fisioterapia específico e é necessário utilizar uma órtese para imobilizar o joelho. Quando não existe o objetivo de cicatrizar o LCA, é realizada a fisioterapia clássica para reabilitação pós lesão do LCA que auxiliará a fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a mobilidade e estabilidade, e diminuir a dor e inchaço do joelho. Esta abordagem é geralmente recomendada para pacientes menos ativos e alguns tipos de lesões parciais.
A cirurgia é frequentemente indicada para pacientes ativos ou atletas profissionais que desejam retornar aos seus esportes. A reconstrução do LCA é realizada através de artroscopia, em que se utiliza um enxerto de tendão (geralmente retirado do tendão patelar ou dos tendões isquiotibiais) é utilizado para reconstruir o ligamento rompido. Após a cirurgia, um programa de reabilitação intensivo de 12 meses é necessário para recuperar a força, estabilidade e a função do joelho.
7- Lesão do LCP
As lesões do Ligamento Cruzado Posterior (LCP) são menos comuns que as lesões do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), mas podem ocorrer em esportes de contato, como futebol americano, rugby, futebol e beisebol. O LCP é um dos principais ligamentos que estabilizam o joelho, e sua lesão geralmente resulta de um trauma direto na parte frontal do joelho quando ele está dobrado ou quando ocorre hiperextensão do joelho.
No momento da lesão, a pessoa sente dor e inchaço no joelho.. Com o passar do tempo, esses sintomas desaparecem e a pessoa sente dor na parte da frente do joelho. Diferente da lesão de outros ligamentos em que a pessoa sente o joelho frouxo, com o LCP é diferente: o sintoma mais comum é dor, que surge principalmente ao subir ou descer escadas, agachar ou se levantar da cadeira
O diagnóstico é realizado através de uma avaliação médica detalhada, incluindo o histórico do paciente e um exame físico minucioso. Testes específicos durante o exame físico do ortopedista, como o teste da gaveta posterior e o teste de Godfrey, ajudam a confirmar a lesão. Exames de imagem, como a ressonância magnética e a radiografia, são essenciais para visualizar a extensão da lesão e identificar possíveis lesões associadas, como danos a outros ligamentos, à cartilagem ou ao menisco.
O tratamento pode ser não cirúrgico ou cirúrgico, dependendo da gravidade da lesão, presença de lesões associadas e do nível de atividade do paciente. O tratamento não cirúrgico consiste em imobilizar o joelho por um período, utilizar muletas para auxiliar a andar e realizar fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar a estabilidade. Esta abordagem geralmente é empregada em pessoas com lesões que produzem menos instabilidade do joelho, pessoas sedentárias ou com artrose..
Em pacientes com maior instabilidade do joelho, com lesões adicionais além do LCP, atletas (mesmo se não for profissional) e sem artrose do joelho, indica-se cirurgia. A cirurgia para reconstrução do LCP é realizada através de artroscopia, em que se utiliza um enxerto de tendão do quadríceps, do fibular longo ou dos isquiotibiais, ou até mesmo aloenxerto, que é o enxerto de um doador já falecido. Após a cirurgia, um programa de reabilitação intensivo é necessário por cerca de 8 meses para recuperar a força e a função do joelho.
8- Tendinite
A tendinite é um distúrbio do funcionamento e da estrutura dos tendões, que são as estruturas que conectam os músculos aos ossos. Esse distúrbio do tendão leva, a médio e longo prazo, à degeneração do tendão. Antigamente, falava-se que era uma inflamação, mas hoje já se compreende que se trata de problemas no metabolismo dos tendões. Por isso, o termo tendinopatia é mais adequado, mas nesse texto utilizaremos o termo antigo, pois já está sedimentado na cabeça das pessoas.
No joelho do atleta, 5 tendões são comumente acometidos com o problema como o tendão patelar, o tendão do quadríceps e os três tendões da pata de ganso.. Essas condições são comuns em atletas de alto nível e amadores e resultam de sobrecarga de treino, periodização inadequada, movimentos repetidamente mal executados e distúrbios metabólicos como hipotireoidismo e diabetes.
8.1- Tendinite Patelar
A tendinite patelar, também conhecida como “joelho do saltador”, afeta o tendão que conecta a patela à tíbia. Essa condição é mais comum em esportes que envolvem saltos frequentes, como basquete e vôlei.
Sintomas: Dor e sensibilidade na parte frontal do joelho, logo abaixo da patela. A dor pode aumentar com a atividade física e diminuir com o repouso.
Diagnóstico: Avaliação clínica e exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para confirmar o distúrbio do tendão patelar e demonstrar a extensão do problema..
Tratamento: Repouso, aplicação de gelo, fisioterapia para fortalecer e alongar os músculos ao redor do joelho, e uso de órteses ou faixas patelares. Infiltrações também podem ajudar como a proloterapia, ácido hialurônico, células-tronco, plasma rico em plaquetas e fibrina rica em plaquetas. As ondas de choque acústicas também contribuem para a melhora da dor e é um tratamento feito pelo médico ortopedista. Medicações anti-inflamatórias podem ser utilizadas para alívio da dor. Nos casos refratários a todos os tratamentos mencionados, pode ser realizada a cirurgia para remover o tecido doente.
8.2- Tendinite da Pata de Ganso
A tendinite da pata de ganso afeta os tendões dos músculos sartório, grácil e semitendinoso, localizados na parte interna (medial) da perna. É mais comum em corredores e ciclistas.
Sintomas: Dor e sensibilidade na parte interna da perna, próxima ao joelho. A dor piora com atividades que envolvem flexão do joelho, como subir escadas e a cadeira flexora.
Diagnóstico: Avaliação clínica e exames de imagem (ressonância magnética e ultrassonografia) para identificar a inflamação na área da pata de ganso.
Tratamento: Repouso, aplicação de gelo, fisioterapia focada em fortalecimento e alongamento dos músculos, e medicações anti-inflamatórias. Nos casos refratários, podemos realizar infiltrações com proloterapia, fibrina rica em plaquetas, plasma rico em plaquetas, ácido hialurônico ou células-tronco. Também pode-se fazer o tratamento com ondas de choque, que é realizado pelo médico no próprio consultório. Por fim, nos casos que não melhoram com nenhuma das opções acima, pode-se realizar cirurgia para remover os tecidos doentes..
8.3- Tendinite do Quadríceps
A tendinite do quadríceps afeta o tendão que conecta o músculo quadríceps à patela. É comum em esportes que exigem força explosiva, como levantamento de peso e futebol.
Sintomas: Dor e sensibilidade na parte superior da patela, que pode piorar com atividades como agachamentos e corrida.
Diagnóstico: Avaliação clínica e exames de imagem, como ultrassonografia eressonância magnética, para confirmar o distúrbio do tendão do quadríceps.
Tratamento: Compreende repouso, aplicação de gelo, fisioterapia para fortalecer e alongar os músculos do quadríceps, e medicações anti-inflamatórias. Podemos realizar também, com o médico ortopedista, o tratamento com ondas de choque acústicas ou infiltração de medicamentos como ácido hialurônico, plasma rico em plaquetas, proloterapia, células-tronco e fibrina rica em plaquetas. Por último, na ausência de melhora com nenhuma das alternativas acima, pode-se realizar uma cirurgia para remoção do tecido inflamado.
A importância de consultar um Ortopedista
Consultar um ortopedista experiente é essencial para o tratamento eficaz de lesões no joelho em atletas. Lesões como as do LCA, cartilagem, fraturas por estresse, atrito do trato iliotibial, condromalácia patelar, menisco, LCP e tendinites exigem diagnóstico preciso e tratamento adequado.
O Dr. Carlos Vinícius, especialista em cirurgia do joelho e lesões esportivas, pode oferecer uma avaliação detalhada e orientações sobre as melhores opções de tratamento, com técnicas minimamente invasivas, garantindo uma recuperação segura e eficiente.