Essa é a famosa dor de cotovelo, podendo ser lateral ou medial. Pra você entender, a epicondilite lateral é a mais comum de todas as dores do cotovelo, e pega a parte externa (de fora) do cotovelo; e a medial é a segunda mais comum, e pega a parte interna (de dentro do cotovelo, que fica em contato com o tronco).
As epicondilites são super comuns em pessoas que ficam horas no computador digitando, mas também em praticantes de tênis, golfe e outros esportes que utilizam raquete e similares. Por isso, alguns estudiosos do passado chamavam a epicondilite lateral de cotovelo do tenista, e a epicondilite medial de cotovelo do golfista.
Existem também outras dores de cotovelo, que são a tendinite do tríceps e a bursite do olécrano. Essas são mais comuns em pessoas que têm o costume de apoiar o cotovelo sobre a mesa; mas também ocorre em praticantes de musculação, realização de movimento incorreto, sobrecarga de treino, e exercícios que sobrecarregam muito o cotovelo como o “testa” (skull crush).
As epicondilites e tendinites têm um tratamento semelhante. Já a bursite pode requerer outros tipos de tratamento e você pode se informar melhor nos textos que preparei pra você.
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TogglePROBLEMAS DA DOR DE COTOVELO (EPICONDILITE E TENDINITE)
Inicialmente, as epicondilites e tendinites doem somente após o esforço, seja ele físico ou laboral. Chamamos isso de fase 1.
Com o tempo, começa a doer pra começar o esforço, mas melhora conforme você aquece (esquenta). Essa é a fase 2.
Na fase 3, dói do início ao fim da atividade. Mesmo em repouso, quando você não está fazendo nada, pode doer também.
O problema vem na fase 4, quando o tendão rompe. Um detalhe que talvez nunca tenham te contado é que, apesar de ser chamada de epicondilite, essa doença é uma tendinite na verdade. Quando os tendões do cotovelo rompem, é bem desagradável, pois pode ser necessário operar para reparar o tendão, ou reinseri-lo no osso.
TRATAMENTO CONVENCIONAL DA DOR DE CONTOVELO (EPICONDILITE E TENDINITE)
Este é o tratamento inicial que fazemos para todos os pacientes:
- Fisioterapia
- Alongamento
- Fortalecimento
- Modificação e correção da atividade física
- Infiltração local de medicamento
A maioria dos pacientes melhora com isso; porém, até 40% dos casos pode não resolver e necessitar de outros procedimentos. Se o tendão romper e houver perda de função, não tem jeito: a solução é cirurgia.
Por outro lado, se o tendão ainda estiver com função preservada, ou mesmo se for optado por operar, pode-se realizar também as ondas de choque.
ONDAS DE CHOQUE PARA DOR DE COTOVELO (EPICONDILITE E TENDINITE)
O tratamento com ondas de choque apresenta taxa de sucesso superior a 85%. Lembrando que são pacientes que não melhoraram com o tratamento convencional. Em média, a dor melhora 60%, e os resultados se mantêm por pelo menos 6 meses.
Os resultados podem ser otimizados com modificação da técnica, aumento do número de sessões e associação com outros procedimentos como o plasma rico em plaquetas.
É importante lembrar que as ondas de choque não são o “choquinho” da fisioterapia. Elas são uma onda de ultrassom mais potente capaz de desinflamar e cicatrizar tecidos. É o ortopedista que realiza esse tipo de tratamento.
A aplicação das ondas de choque é feita no próprio consultório, sem necessidade de anestesia geral. Para os pacientes que estão com muita dor, pode ser necessário fazer anestesia local.
Após a sessão de ondas de choque, sempre recomendo repouso de atividades com esforço por 7 dias pelo menos.
Acha que pode ser útil pra você? Verifique com um ortopedista especialista se você tem indicação de fazer ondas de choque para tratar sua dor de cotovelo.