Para você entender as opções de tratamento para osteocondrite dissecante na criança, preciso te explicar que existem dois tipos principais de osteocondrite dissecante: a estável e a instável.
Quando estável, significa que a lesão osteocondral ainda está fixa no restante do osso. Quando instável, significa que a lesão está mais “solta” e pode se desprender do restante do osso, ou até já se desprendeu.
Como as lesões estáveis permanecem fixas, a chance de cicatrizar sozinho é maior. Por isso, em princípio, não há necessidade de operar. O tratamento pode ser gesso, órteses, evitar colocar o peso do corpo no joelho doente e não realizar atividades de impacto.
Em contrapartida, as lesões instáveis, por estarem soltas precisam de uma ajuda a mais para cicatrizar, ou seja, é necessário operar. As lesões estáveis que não cicatrizam também precisam de cirurgia.
A cirurgia pode ser feita de diversas formas conforme as características da lesão osteocondral. Podemos realizar perfurações na cartilagem pra estimular a cicatrização, fixar o fragmento solto com parafusos, ou fazer um transplante de cartilagem.
Caso o seu filho tenha dor no joelho e tenha o diagnóstico de osteocondrite dissecante, mantenha o acompanhamento com o ortopedista especialista em joelho para que o tratamento seja iniciado o quanto antes, evitando assim sequelas futuras. Cuide-se e previna-se!
O Dr. Carlos Vinicius Buarque de Gusmão é ortopedista, especialista em Joelho, ondas de choque e Tratamentos Minimamente Invasivos (infiltração, denervação, PRP e Bloqueio dos geniculares) e atende em São Paulo, na Vila Mariana e no Morumbi. Se quiser tirar suas dúvidas, clique aqui