A tendinopatia patelar, popularmente chamada de “joelho do saltador”, é uma inflamação ou degeneração do tendão patelar, estrutura que conecta a patela (rótula) à tíbia. É uma condição bastante comum entre atletas, principalmente em esportes que exigem saltos, mudanças bruscas de direção e aterrissagens.
O tendão patelar é essencial para o movimento de extensão do joelho. Ele trabalha como um cabo de força que transfere a energia do quadríceps para a perna, possibilitando correr, pular e chutar.
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TogglePor que tantos atletas sofrem com a tendinopatia patelar?
- Esportes com saltos e impacto repetitivo: Esportes como basquete, vôlei, atletismo e futebol forçam constantemente o tendão patelar. O impacto repetido e os saltos frequentes provocam microlesões que, com o tempo, acumulam-se e causam a degeneração do tendão.
- Biomecânica e sobrecarga articular: Desalinhamentos, encurtamentos musculares e fraqueza no core ou quadríceps podem transferir uma carga anormal ao tendão, acelerando o processo de degeneração.
Quais são os graus da tendinopatia patelar?
- Grau 1 – Dor leve pós-treino: A dor só aparece após os treinos, sem limitação funcional.
- Grau 2 – Dor durante e após atividades: A dor começa a surgir durante os exercícios, mas não impede o atleta de continuar.
- Grau 3 – Dor persistente, mesmo em repouso: Já há comprometimento funcional. A dor surge até em repouso ou em tarefas simples como subir escadas.
- Grau 4 – Ruptura parcial ou total do tendão: Fase mais grave. Pode exigir cirurgia e afastamento completo das atividades físicas.
A tendinopatia pode romper o tendão?
Se negligenciada, a tendinopatia pode levar à ruptura parcial ou total do tendão. Fatores como uso de anabolizantes, corticoides, excesso de treinos sem recuperação e ausência de tratamento adequado aumentam esse risco.
Treinar com supervisão, fortalecer o quadríceps e glúteos, e respeitar o tempo de recuperação são atitudes que reduzem bastante as chances de evolução para um caso cirúrgico.
Anabolizantes ajudam ou pioram?
Embora aumentem a massa muscular, os anabolizantes deixam os tendões mais frágeis e propensos à ruptura, pois não acompanham o fortalecimento muscular.
O uso indiscriminado de esteroides anabolizantes é um dos grandes vilões na ruptura de tendões entre atletas amadores.
Corticoide pode ser injetado no tendão?
Injetar corticoides diretamente no tendão pode aliviar a dor momentaneamente, mas enfraquece a estrutura tendínea e pode aumentar o risco de rompimento.
Hoje, a infiltração com corticoide é evitada na maioria dos casos de tendinopatia patelar. Só deve ser considerada em casos muito específicos e sob rigorosa supervisão médica.
Quais são os tratamentos modernos para tendinopatia patelar?
- PRP (Plasma Rico em Plaquetas): A técnica utiliza o sangue do próprio paciente, centrifugado para concentrar plaquetas, que são injetadas no tendão para acelerar a regeneração.
- BMA (Aspirado de Medula Óssea): Extrai-se a medula óssea do paciente, rica em células-tronco, para estimular a regeneração do tecido tendíneo.
- Ondas de choque extracorpóreas (ESWT): São ondas mecânicas que estimulam a circulação e promovem a cicatrização das fibras tendíneas lesionadas.
- Laser de alta intensidade (HILT): Tecnologia não invasiva que penetra profundamente no tecido, reduz a inflamação e estimula a regeneração celular.
Quando é necessário operar a tendinopatia patelar?
Se após 6 meses de tratamento conservador o paciente não apresentar melhora, pode-se indicar a cirurgia. Casos de ruptura parcial ou total também exigem intervenção cirúrgica.
A reabilitação é gradual e pode levar de 4 a 6 meses. A fisioterapia personalizada é fundamental para um retorno seguro às atividades.
Tendinopatia patelar tem cura?
Na maioria dos casos, sim. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e mudanças nos hábitos de treino, é possível eliminar a dor e recuperar a função do tendão.
A reabilitação muscular, correção postural e controle da carga são essenciais para evitar recidivas.
A tendinopatia patelar é uma das lesões mais comuns entre atletas que exigem muito dos joelhos. Embora possa parecer simples no início, se ignorada, evolui para um quadro mais grave e até irreversível. A boa notícia? Há cura sim, principalmente com os avanços da medicina regenerativa. O segredo está no diagnóstico precoce, no tratamento personalizado e na reeducação dos movimentos.
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