artrofibrose

Artrofibrose: o que é, causas e tratamentos

A artrofibrose é uma condição em que se forma uma quantidade excessiva de tecido cicatricial dentro de uma articulação, o que causa rigidez e dificulta os movimentos. Ela pode afetar qualquer articulação, mas é mais comum em lugares como os joelhos e os ombros.

Causas da Artrofibrose

Existem várias causas que podem levar ao desenvolvimento da artrofibrose, incluindo lesões traumáticas, complicações pós-operatórias e inflamações.

  • Lesões traumáticas: Lesões como fraturas ou danos nos ligamentos são uma das principais causas de artrofibrose. Quando uma articulação é lesionada, o corpo tenta reparar o dano criando tecido cicatricial. Mas, em alguns casos, esse processo pode gerar mais cicatrizes do que o necessário, deixando a articulação rígida e dificultando os movimentos.
  • Complicações pós-operatórias: Pode ocorrer após cirurgias, especialmente em articulações como joelhos e ombros. Durante a recuperação, pode se formar tecido cicatricial em excesso, causando rigidez e dor. O risco aumenta se a reabilitação não for adequada ou se houver muita inflamação após a cirurgia. No joelho, lesão do ligamento colateral medial (LCM) apresenta maior risco de desenvolvimento da artrofibrose; e cerca de 10% dos pacientes submetidos à cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) sofrem com o problema.
  • Inflamações e infecções: Inflamações e infecções nas articulações também podem levar à artrofibrose. Nessas situações, o corpo reage formando tecido fibroso, o que pode acabar limitando o movimento da articulação.

Sintomas da Artrofibrose

Os principais sintomas da artrofibrose incluem rigidez nas articulações, dor  (especialmente na parte da frente do joelho) e dificuldade em se mover.

  • Rigidez articular: A rigidez nas articulações é um dos primeiros sinais. Ela pode ser leve ou severa, dificultando movimentos simples como dobrar e estender o joelho ou levantar o braço.
  • Dor intensa: A dor é comum e pode ser constante ou surgir ao mover a articulação. A intensidade varia, mas muitas vezes é forte o suficiente para atrapalhar as atividades diárias.
  • Limitação dos movimentos: Com o tempo, a artrofibrose pode limitar ainda mais os movimentos, tornando tarefas simples, como caminhar ou se vestir, difíceis.

Diagnóstico da Artrofibrose

O diagnóstico da artrofibrose é essencialmente clínica, por meio do exame físico, mas podemos lançar mão também de exames de imagem. O médico avalia o histórico do paciente, faz um exame físico para verificar o movimento da articulação e pode solicitar uma ressonância magnética para ver a quantidade de tecido cicatricial.

Tratamentos para Artrofibrose

  • Fisioterapia: Essencial para manter e aumentar o movimento da articulação.
  • Medicação e Infiltrações: Medicamentos que ajudam a controlar a dor e a inflamação. Infiltrações podem ser usadas para reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade e liberar tecidos que estão grudados pela presença da artrofibrose.

Intervenções cirúrgicas

  • Manipulação da articulação: o paciente é levado ao centro cirúrgico do hospital, sedado para relaxar a musculatura e não sentir dor, e então realiza-se a mobilização do membro (o joelho, por exemplo) para “quebrar” a fibrose e permitir o movimento completo da articulação.
  • Artroscopia: Técnica minimamente invasiva usada para diagnosticar e tratar problemas articulares, promovendo uma recuperação mais rápida. Nessa cirurgia, utiliza-se um aparelho que corta e remove a fibrose, permitindo o ganho de mobilidade da articulação.
  • Revisão Cirúrgica: Cirurgia adicional realizada para corrigir ou melhorar os resultados de uma cirurgia anterior na articulação. Além disso, realizamos o alongamento ou a liberação de tendões e outras estruturas que podem estar encurtadas ou aderidas por causa da artrofibrose. Esse é um dos recursos mais avançados para resolver o problema.
  • Fisioterapia pós-cirúrgica: É importante destacar que após a realização desses procedimentos hospitalares, é imprescindível o rápido início de fisioterapia intensiva para manter os resultados obtidos na cirurgia e até melhorá-los.

Prevenção da Artrofibrose

A prevenção consiste em realizar a fisioterapia pós-operatória o quanto antes, evitar períodos prolongados de imobilização com órteses, gessos ou outros dispositivos, e comunicar ao ortopedista qualquer anormalidade ou desconforto que esteja sentindo. Seguir as orientações de um ortopedista após uma cirurgia ou lesão é essencial para evitar a formação excessiva de tecido cicatricial e, consequentemente, a artrofibrose.

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