Patela alta

Patela alta: quando se preocupar, como identificar e tratar corretamente

A patela, também conhecida como rótula, é um pequeno osso em formato triangular localizado na frente do joelho. Ela atua como uma alavanca que melhora a eficiência do quadríceps, o principal músculo da coxa.

Dizemos que uma pessoa tem patela alta quando esse osso está posicionado mais acima do que o normal na articulação do joelho. Essa condição é chamada de patela alta ou patela alta congênita, e pode ser determinada por exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética.

Como identificar a patela alta

Nem todo mundo com patela alta sente dor, mas é comum que alguns sintomas apareçam, como:

  • Desconforto na frente do joelho
  • Sensação de instabilidade
  • Estalos ao dobrar ou estender o joelho
  • Dificuldade em subir e descer escadas
  • Deslocamentos da patela (instabilidade patelar)

Diagnóstico por imagem: O diagnóstico da patela alta é feito com base em exames clínicos e, principalmente, radiografias do joelho. Nessas imagens, o médico avalia o posicionamento da patela em relação ao fêmur e à tíbia.

Índices de Insall-Salvati e Caton-Deschamps: Esses são os principais métodos para diagnosticar patela alta. Eles comparam o comprimento do tendão patelar ou a distância da patela à tíbia com o tamanho da patela. Se a razão for maior que 1,2-1,3, considera-se um caso de patela alta.

Quais os riscos da patela alta?

Instabilidade patelar: A principal consequência da patela alta é a instabilidade. Isso acontece porque o osso não encaixa bem na tróclea (sulco do fêmur), facilitando luxações,  ou seja, quando a patela “sai do lugar”.

Condropatia e dor anterior no joelho: O mau alinhamento causado pela patela alta pode levar à condropatia patelar (destruição da cartilagem) e dor na parte da frente do joelho, especialmente ao correr ou ficar muito tempo sentado.

Condromalacia e síndrome da dor patelofemoral: A biomecânica do joelho pode ser afetada de forma mais ampla, com impacto não só na patela em si, mas também nos movimentos do joelho e eficiência do quadríceps. Com isso, a pessoa pode sentir dor no joelho e ter menor performance esportiva..

A patela alta sempre precisa de tratamento?

Em muitos casos, a patela alta é um achado incidental, aparece nos exames, mas a pessoa nunca sentiu dor ou teve problemas. Nesses casos, o tratamento não é obrigatório.

Quando há dor, instabilidade, episódios de luxação, lesões da cartilagem ou dificuldade nas atividades diárias, o tratamento se torna essencial para evitar complicações futuras.

Tratamentos:

  • Fisioterapia e fortalecimento muscular: O tratamento mais comum e eficaz para patela alta é a fisioterapia.
  • Órteses e adaptações na prática esportiva: Uso de joelheiras estabilizadoras, palmilhas e adaptações no treino ajudam a diminuir a sobrecarga na articulação e a melhorar o controle motor.
  • Onda de choque: Através de pulsos acústicos de alta intensidade aplicados na região do joelho, essa técnica estimula a regeneração dos tecidos, melhora a circulação local e alivia a dor.
  • Infiltrações: As infiltrações são aplicações injetáveis diretamente na articulação ou ao redor dela, com objetivo de alívio da dor e melhora da mobilidade. Pode ser injetado ácido hialurônico, glicose (proloterapia), plasma rico em plaquetas, fibrina rica em plaquetas (PRF) e células tronco mesenquimais.
  • PRP (Plasma Rico em Plaquetas): O PRP é uma terapia biológica regenerativa feita a partir do próprio sangue do paciente, concentrando plaquetas ricas em fatores de crescimento.
  • Células-tronco mesenquimais: Também fazem parte das terapias biológicas, os ortobiológicos, e consistem no uso de concentrações variáveis de células-tronco obtidas por meio do aspirado de medula óssea (BMA) ou da gordura fragmentada (microfat ou nanofat). Elas contribuem para regeneração tecidual e desinflamação e melhora da dor.
  • Tratamentos cirúrgicos: A cirurgia costuma ser indicada quando há luxações recorrentes da patela, dor crônica resistente ao tratamento, lesões graves de cartilagem ou alterações estruturais que impedem o bom funcionamento do joelho.

Tipos de cirurgias para correção da patela alta

  • Osteotomia da tuberosidade anterior da tíbia (TAT): reposiciona a inserção do tendão patelar para baixar a patela.
  • Reconstrução do ligamento patelofemoral medial (MPFL): estabiliza a patela e é realizada junto com a osteotomia da TAT.
  • Realinhamento da tróclea femoral: em casos de displasia severa da tróclea associado à patela alta. Nesse caso, também realizamos a osteotomia junto com a trocleoplastia (realinhamento da tróclea femoral).

Como prevenir complicações da patela alta

Evitar sobrecargas no joelho, manter um bom alinhamento postural e corrigir desequilíbrios musculares ajudam bastante a evitar dores e lesões.

Dicas para atletas e praticantes de atividade física

  • Sempre fazer um bom aquecimento antes dos treinos
  • Investir em treinos de força e propriocepção
  • Evitar treinos com dor
  • Realizar o movimento esportivo (gesto esportivo) da maneira correta
  • Consultar um ortopedista ao menor sinal de instabilidade

Conviver com patela alta: é possível ter qualidade de vida?

Com certeza! Ter patela alta não significa que sua vida será limitada. Com acompanhamento adequado, exercícios personalizados e, se necessário, intervenção médica, é possível levar uma vida ativa, sem dor e com segurança.

A patela alta pode parecer assustadora à primeira vista, mas entender o que é, como afeta o corpo e quais os tratamentos disponíveis faz toda a diferença. O mais importante é não ignorar os sinais do seu joelho. Dor, instabilidade e estalos constantes são alertas que merecem atenção. E lembre-se: quanto antes for feita a avaliação, maiores as chances de evitar complicações futuras. Procure um ortopedista e mantenha seus joelhos funcionando em perfeita harmonia!

Agende sua consulta com o Dr. Carlos Vinícius!

Você foi diagnosticado com patela alta ou sente dor na parte da frente do joelho ao subir escadas, correr ou agachar? Essa condição pode, sim, trazer limitações e, se não tratada corretamente, evoluir para problemas mais graves como instabilidade patelar ou desgaste da cartilagem.

O Dr. Carlos Vinícius, ortopedista especialista, realiza uma avaliação completa para entender o grau da alteração, seus impactos e definir o melhor caminho de tratamento, que pode envolver fisioterapia, fortalecimento muscular ou, em casos mais avançados, procedimentos cirúrgicos.

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